A fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3) iniciou a sessão desta quinta-feira (26) em queda, mas reverteu para alta no começo da tarde após a notícia de que uma de suas aeronaves E190, operada pela Azerbaijan Airlines, caiu no Cazaquistão na véspera.
Às 11h05, as ações da Embraer caíam 0,65%, cotadas a R$ 55,19. No entanto, por volta das 13h15, os papéis apresentavam valorização de 0,79%, cotados a R$ 56,01. Em 2024, as ações acumulam alta de 150%.
A recuperação ocorreu após informações de que o sistema antiaéreo russo pode ter abatido a aeronave, conforme autoridades norte-americanas. O voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines voou centenas de quilômetros fora de sua rota programada e caiu na margem oposta do Mar Cáspio, após o que o órgão de vigilância da aviação da Rússia classificou como uma emergência que pode ter sido causada por choque com pássaros. No entanto, um especialista em aviação sugeriu que essa causa parece improvável.
Autoridades não explicaram imediatamente por que o avião atravessou o mar, mas a queda ocorreu pouco depois de ataques de drones no sul da Rússia, segundo relatos da imprensa. A atividade dos drones já havia fechado aeroportos na área anteriormente, e o aeroporto russo mais próximo da rota de voo do avião foi fechado na manhã de quarta-feira.
“As autoridades estão investigando as causas, mas, conforme relatado pela mídia, o acidente provavelmente foi causado por razões externas. Portanto, o Bradesco BBI não espera nenhum impacto maior para a Embraer”, escreveu o BBI em relatório.
O BBI reiterou sua recomendação de compra para os American Depositary Receipts (ADRs) da Embraer, com preço-alvo de US$ 43. Os ADRs na Bolsa de Nova York minimizaram as perdas iniciais do pregão, mas ainda seguiam no terreno negativo, recuando 0,98%, a US$ 36,22.