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Comprou ações da Gol (GOLL4)? Veja o que pode acontecer

Ágora Investimentos e o Banco Safra fizeram suas análises e recomendações para os papéis da aérea Gol. Ambas possuem opiniões contrárias.

imagem padrao gdi
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A Gol (GOLL4) reportou um prejuízo líquido de R$ 872 milhões nesse terceiro trimestre de 2020. Entretanto, o resultado negativo já era esperado por tudo que houve por causa da pandemia.

De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), em relatório, os investidores deveriam se ater a posição de liquidez da Gol, e não focar apenas no prejuízo.

Além disso, a Ágora Investimentos também defendeu a “aposta” nas ações da companhia aérea pelo mesmo motivo – liquidez. Os analistas da corretora afirmaram:

“A Gol tendo uma sólida posição de liquidez para atravessar a crise da Covid-19, e uma maior exposição à demanda doméstica, na comparação com seus pares, que deve se recuperar primeiro”

Por outro lado, o Banco Safra possui uma visão mais cautelosa quanto a companhia. Dessa forma, vendo com incerteza a recuperação operacional da Gol, que dependerá do growth da demanda por voos.

Assim sendo, a tese do banco é respaldada pelo atual cenário – protocolos de distanciamento social e lockdowns ao redor do mundo. Além disso, os aplicativos de reuniões virtuais, que atrapalham as viagens executivas – cerca de 70% da demanda.

Recomendações

De acordo com os pontos apontados por cada uma das instituições, já dá pra ter uma ideia de suas posições.

A Ágora Investimentos pôs recomendação de compra para ações da GOLL4, com um preço-alvo de R$ 20, correspondendo a um upside de 20,3%. Todavia, o Banco Safra pôs recomendação neutra a um preço-alvo de R$ 14,30, ou seja, um downside de -8%.

Além disso, vale destacar que a empresa cresceu 1,6x sua dívida líquida/EBITDA, de 2,4x no terceiro trimestre de 2019 para 4x. Portando, possui uma dívida líquida total de R$ 14,145 milhões e um EBITDA ajustado de R$ 284,1 milhões.

Por fim, a Gol não foi a única empresa aérea a ser duramente impactada pelas restrições provenientes da pandemia – além de empresa de turismo. Ou seja, o problema não é exclusivo dela, e sim causado por fatores externos.