Ações da XP despencam com acusação de pirâmide e empresa diz que recorrerá

• XP refuta acusações de esquema Ponzi: A corretora classifica o relatório como falso e impreciso
• Declarações sobre o fundo Gladius: A XP reforça que o fundo é auditado e cumpre as regulamentações
• Impacto no mercado: As ações da XP caem após as acusações, mas a corretora promete medidas legais

A XP (XP; XPBR31), uma das maiores corretoras de investimentos do Brasil, reagiu veementemente a um relatório divulgado pela Grizzly Research, que a acusou de operar um esquema de pirâmide financeira, conhecido como esquema Ponzi.

Em nota oficial, a corretora desmentiu as alegações, classificando as informações como “falsas, incorretas e imprecisas” e anunciou que tomará “todas as medidas legais cabíveis” contra a empresa americana de análise.

A acusação gerou um impacto imediato no mercado, com as ações da XP caindo cerca de 5,6% no final da tarde.

Acusações falsas e falta de evidências

A Grizzly Research, conhecida por suas análises controversas, alegou que a XP estaria operando um esquema Ponzi em grande escala, utilizando seu fundo Gladius como centro do suposto golpe.

Segundo o relatório, o fundo, que teria retornado mais de 2.400% nos últimos cinco anos, atrai investidores com promessas de lucros elevados e baixa volatilidade, mas a origem dos pagamentos seria o dinheiro de novos participantes, e não lucros reais gerados por investimentos.

A XP reagiu com firmeza a essas alegações, afirmando que todas as suas operações são auditadas regularmente por instituições independentes. E, além disso, que a corretora segue rigorosamente todas as normas e regulamentos de órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além da Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos e o Banco Central do Brasil.

A empresa reforçou ainda que o fundo Gladius não é um esquema fraudulento. Mas, sim um produto legítimo que atende aos padrões de conformidade regulatória.

O que é um esquema Ponzi?

O esquema Ponzi é uma fraude financeira onde os retornos pagos aos investidores não vêm de lucros reais, mas sim do dinheiro de novos participantes. O golpe só funciona enquanto houver novos aportes. E, geralmente, desmorona quando o fluxo de novos investimentos diminui.

O nome vem de Charles Ponzi, um famoso golpista italiano, e ficou ainda mais conhecido devido ao caso de Bernie Madoff. Contudo, que operou o maior esquema Ponzi da história, com um prejuízo estimado de US$ 65 bilhões.