Lojas Marisa S.A. (AMAR3), varejista de moda que não está no Ibovespa, reportou uma valorização de 7,59% em suas ações, chegando a um pico de 8,86%, após concluir etapas importantes de seu plano de otimização operacional. O movimento de alta deixou a empresa entre as de maior valorização na bolsa.
A Companhia cumpriu os regulamentos da Lei das Sociedades por Ações e da Resolução CVM 44, e anunciou a finalização do processo de adequação do parque de lojas e da reestruturação organizacional dentro do prazo estipulado. Estes são aspectos importantes do plano que visa o fechamento de lojas deficitárias, a redução de despesas e a negociação com fornecedores.
Em relação ao fechamento de lojas, a empresa planejava fechar 92 unidades deficitárias no segundo trimestre de 2023. No entanto, optou por encerrar as atividades de 88 lojas, investindo um total de R$ 44,5 milhões nessa ação. Isso gerou uma economia de 16% no custo inicialmente previsto e possibilitará a captura potencial de EBITDA de cerca de R$ 40 milhões em 2023, ou R$ 60 milhões por ano a partir de 2024. A Companhia manterá 246 unidades operando em todos os estados brasileiros, com foco em maximizar a produtividade e o resultado operacional.
A redução de despesas gerou um fluxo de caixa extra de R$ 35 milhões por ano, após a revisão da estrutura organizacional e o ajuste do modelo operacional. Além disso, haverá otimizações em serviços de terceiros e outras despesas, o que deve proporcionar uma economia adicional de pelo menos R$ 10 milhões por ano.
No que diz respeito à renegociação de dívidas com fornecedores, a Marisa já alcançou 90% do total de fornecedores e 97% do total da dívida. Em relação às renegociações de aluguéis, a empresa ultrapassou a marca de 80% de novos acordos com os proprietários de imóveis.
A execução bem-sucedida do plano de reestruturação, incluindo o fechamento de lojas e a redução de despesas, é um passo significativo para o fortalecimento e a sustentabilidade do negócio da Marisa. Isso foi refletido no aumento do valor de suas ações e na confiança dos investidores na capacidade da empresa de se reestruturar e prosperar em um mercado desafiador.