- Ações da Airbnb caem, após divulgar uma projeção fraca pelo segundo trimestre consecutivo
- A receita para o trimestre atual, que termina em junho, portanto, será de US$ 2,68 bilhões
- A demanda cresce de forma mais acelerada em algumas regiões e desacelera em outras, dessa forma, tornando a recuperação da indústria irregular
As ações da Airbnb (ABNB) registram a maior queda intradiária em um ano. Isto, após a empresa de aluguel por temporada divulgar um guidance fraco pelo segundo trimestre consecutivo. Isso sugere uma possível desaceleração no crescimento dos gastos com viagens antes da temporada de verão no hemisfério norte.
A receita para o trimestre atual, que termina em junho, será de US$ 2,68 bilhões, conforme anunciado pela empresa em carta aos acionistas na quarta-feira (8). Os analistas esperavam US$ 2,75 bilhões. O Airbnb atribuiu esse resultado ao feriado da Páscoa de 2024 e às adversidades cambiais.
As ações caíam mais de 6% em Nova York por volta das 14h30 (no horário de Brasília), em direção à maior queda desde 10 de maio de 2023. O Airbnb e seus concorrentes estão buscando estabelecer nova normalidade desde que o mundo “começou a se recuperar” da pandemia de COVID-19.
A recuperação da indústria tem sido irregular, com a demanda crescendo de forma mais acelerada em algumas regiões e desacelerando em outras. Isto, devido ao ritmo desigual de reabertura após os lockdowns. Na semana passada, a Booking apresentou uma projeção abaixo das expectativas, contudo, a Expedia também divulgou seus resultados com desempenhos negativos.
O Airbnb
O Airbnb é uma plataforma que facilita a conexão entre viajantes em busca de acomodação e pessoas interessadas em alugar seus quartos ou imóveis disponíveis para obter uma renda extra. Utilizando, contudo, tecnologia avançada, milhões de anfitriões podem compartilhar seus lares e desfrutar dos benefícios financeiros proporcionados pela hospitalidade.
O crescimento no número de noites e experiências “mais reservadas” é um indicador-chave para a empresa, contribuindo para sua estabilidade. No entanto, esse crescimento atual parece mais moderado em comparação com o aumento de 9,5% registrado no primeiro trimestre.
A empresa acredita que o crescimento em sua receita, volte a acelerar no terceiro trimestre. Visto que, eventos como: Olimpíadas em Paris, Eurocopa na Alemanha e outros, estão impulsionando a demanda por viagens e locações na temporada de verão. Ainda, a recuperação “contínua” nas viagens internacionais tem trazido desempenho mais positivo para a indústria de viagens, dessa forma, inclui-se o Airbnb.
AirBnb tem aumento na demanda em toda a América Latina
Brian Chesky, CEO da empresa, enxerga que as oportunidades são maiores fora dos Estados Unidos
O AirBnb (ABNB), aplicativo de reserva de hospedagens, teve sua demanda ampliada, ultrapassando a expectativa dos analistas. É esperado que a receita chegue a até US$ 2,07 bilhões, enquanto a estimativa anterior era de US$2,02 bilhões.
Em carta aos acionistas divulgada nesta terça (13), a empresa diz que “a demanda de hóspedes continua alta – principalmente entre os que reservam pela primeira vez”. Porém, uma vez que houve uma alta taxa de crescimento no ano passado, acredita-se que diminuam as contratações em relação ao período anterior.
As demandas se aceleraram após a companhia alertar sobre uma “volatilidade global” por volta de outubro de 2023 por conta de fatores geopolíticos e econômicos. Em análise a esse resultado contraditório o AirBnb entende que ainda haja demanda reprimida de viagens pós pandemia, principalmente em regiões com lentidão na volta à normalidade após as restrições impostas para evitar a propagação de covid-19.
Esse entendimento se dá pelo recorde registrado pelas companhias de serviços de viagens. O setor teve alta demanda durante junho e setembro, mesmo com as tarifas mais altas do que o normal.