A Alpargatas apresentou prejuízo líquido consolidado de R$ 199,7 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o lucro líquido de R$ 112,1 milhões do mesmo período de 2022. A queda foi em grande parte decorrente do recuo na receita líquida, que foi de 2,7% no ano, chegando a R$ 902,5 milhões. Houve também um recuo operacional, com o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficando negativo em R$ 211,6 milhões, ante número positivo de R$ 144,4 milhões entre janeiro e março do ano passado.
Na Havaianas Brasil, o volume vendido foi de 40,6 milhões de pares entre janeiro e março deste ano, queda de 13,2% na base anual. Na internacional, o recuo foi de 14,4%, com 7,6 milhões de pares vendidos. Além do recuo da receita, o custo dos produtos vendidos (CPV) na Havaianas subiu consideravelmente, com alta de 3,1% no Brasil, chegando a R$ 371,8 milhões, e de 17,4% no exterior, avançando para R$ 137,2 milhões.
As despesas operacionais saíram de R$ 646,4 milhões, alta de 92,6% na mesma base, com forte impacto de itens extraordinários relacionados a M&As, simplificação de estrutura e outros. Sem os itens extraordinários, a alta seria de 21,1%, a R$ 369 milhões. O lucro bruto da Alpargatas ficou em R$ 388,9 milhões, caindo 11,9% no ano. A margem bruta saiu de 52% para 43,1%.
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O resultado financeiro foi negativo em R$ 21,7 milhões, revertendo o saldo positivo de R$ 84,9 milhões de 2022. A dívida líquida da companhia em março era de R$ 890,2 milhões, revertendo a posição de caixa de R$ 1,62 bilhão.
Confira abaixo a tabela com os principais indicadores operacionais da Alpargatas no 1T23:
| Indicadores Operacionais | 1T23 | 1T22 | Variação |
|---|---|---|---|
| Lucro líquido (em R$ milhões) | -199,7 | 112,1 | – |
| Receita líquida (em R$ milhões) | 902,5 | 927,5 | -2,7% |
| Ebitda (em R$ milhões) | -211,6 | 144,4 | – |
| Volume de vendas (em milhões de pares) | 48,2 | 55,9 | -13,7% |
| Lucro bruto (em R$ milhões) | 388,9 | 441,1 | -11,9% |
| Margem bruta (%) | 43,1% | 52% | – |
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