A varejista pediu recuperação judicial no começo do ano passado, dias após revelar um rombo contábil de R$ 20 bilhões, em um dos maiores escândalos corporativos da história do Brasil.
Americanas (AMER3), em recuperação judicial, teve o cancelamento do rating de crédito corporativo em escala global emitido pela agência de rating S&P Ratings, em função da alteração de diretrizes corporativas da companhia.
Na segunda (26), a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da varejista, que já havia sido aprovado em 19 de dezembro de 2023 em Assembleia Geral de Credores.
A dívida da Americanas (AMER3) a ser reestruturada é de R$ 50 bilhões. A varejista pediu recuperação judicial no começo do ano passado, dias após revelar um rombo contábil de R$ 20 bilhões, em um dos maiores escândalos corporativos da história do Brasil.
“Acreditamos que foi um ano positivo considerando esse contexto e a incerteza que se dissipou um pouco”, disse o presidente da Americanas, Leonardo Coelho. Ele ainda salientou que a fase crítica da crise já foi superada.
A declaração ocorre também na segunda-feira (26), durante uma teleconferência de resultados que contou com presença dos principais executivos da varejista. Na oportunidade, eles afirmaram que a aprovação do PRJ da Americanas demonstra que ainda é necessário se recuperar da crise, mas que existe um cenário de melhorias internas, que deve se consolidar até o ano que vem.
Em 2024, a empresa estará totalmente focada no negócio, segundo o comando da Americanas. As frentes de atuação serão estancar a crise de 2023, voltar a gerar caixa operacional, e criar novas fontes de receita. No ano passado, o foco foi a negociação do PRJ, acordo com credores e estabilização da organização.
O planejamento para o próximo ano é geração de caixa operacional em todos os negócios e avançar em iniciativas do plano estratégico abandonadas em função da crise de 2023. Coelho destacou que planeja avançar na frentes paralelamente e então, acelerar o crescimento da varejista.