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Análise da Engie (EGIE3): vale a pena investir na empresa?

O setor de energia elétrica é um dos que mais cresce ao longo dos anos. Conheça mais sobre a gigante desse setor, Engie (EGIE3).

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Você sabia que a o setor de energia elétrica é um dos que mais crescem e com maior estabilidade ao longo dos anos? Conheça mais sobre a gigante desse setor, Engie (EGIE3).

Sobre a empresa

A companhia, que está listada na B3 (B3SA3) desde 2015, mudou seu código e nome. Oficialmente, está listada como Engie (EGIE3) desde 2016.

Atua, principalmente, no setor de geração de energia, operando o total de 60 usinas. Ou seja, é a maior produtora privada de energia elétrica no Brasil, com uma fatia de 6,3% da produção nacional.

Além disso, em 2019, a Engie concluiu a compra de quase 30% da TAG, o que a torna detentora da malha de transporte de gás natural mais extensa do país.

Certamente, também vem crescendo na geração de energia através de captação por painéis solares. 

Nesse sentido, a empresa, além da energia convencional, vem adentrando no setor de transmissão e gás, o que complementa muito bem suas receitas.

Em suma, a Engie está no nível mais alto de governança na B3. E um diferencial da companhia é a governança, que está sempre muito alinhada com os ideias da empresa

Setor e concorrência

Por mais que a humanidade tenda ao consumo consciente, buscando a diminuição do uso dos fatores energéticos e ambientais, ainda assim, este setor tende à continuidade e crescimento.

É um dos setores mais perenes da bolsa. Composto por empresas que passam por determinados momentos de crises, mas se estabelecem em seguida.

Além disso, uma característica desse setor, é a ênfase em dividendos por parte das companhias listadas.

O setor de Energia, em geral, envolve a geração, distribuição e transmissão.

Entretanto, a Engie atua, principalmente, em geração – que mesmo não tendo as maiores margens, ainda é a base para o segmento.

Em suma, as maiores concorrentes nacionais são:

Empresa Market Cap Receita Líquida
(ELET3) Eletrobras 48,5 Bi 27,7 Bi
(CPFE3) CPFL Energia 31,8 Bi 29,9 Bi
(EGIE3) Energisa 22,5 Bi 19,0 Bi
(EQTL3) Equatorial 21,1 Bi 18,7 Bi

Por fim, uma forte vantagem competitiva para a Engie, é ser a única sem conexão estatal direta.

Riscos do setor

A garantia física desse setor depende diretamente do clima, principalmente dado que a maior fonte da geração de energia do país, é feita a partir da energia física hídrica. 

Ou seja, quando o clima está inviável para a produção da energia hídrica, há o risco de precisar comprar outros tipos de energia de outras instituições. O que torna o repasse caro e instável em momentos de seca.

Resultados históricos

Nos últimos 20 anos, o ROE da companhia tem se mantido acima de 20%. Sendo que entre 2018 e 2019, superou os 30% – possui o maior ROE do setor.

Além disso, tem sido uma ótima pagadora de dividendos, registrando a taxa de pagamento de dividendos – Payout mínima de 55%.

Já no que diz respeito ao endividamento, que cresceu nos últimos anos, apresentou ligeira queda em 2020.

 O crescimento da companhia tem sido financiado, basicamente, por capital de terceiros. 

Ou seja, o endividamento pode não ser maléfico para a instituição. Inclusive por ser muito comum as empresas desse segmento estarem mais alavancadas.

Até o momento, mesmo com o 1T20 tendo sido impactado pelo corona, a Engie está performando adequadamente.

Confira, no quadro a seguir, os indicadores financeiros históricos, e a comparação trimestral para 2T19 e 2T20.

Fonte: RI Engie

Vale a pena?

Segundo analistas, quando a comparação é feita entre a empresa e seus pares, acaba sendo muito atraente.

Entretanto, quando se observa o histórico da companhia, nota-se que os papéis podem estar elevados.

Mas a instituição tem tomado iniciativas para aumentar a posição de caixa. Nesse sentido, promoveu a ampliação e diversificação da sua fonte de receitas nos últimos anos.

Desse modo, os especialistas afirmam ser um bom momento para a companhia, ainda mais visto que ela se destaca, inclusive, nas práticas ambientais. Sendo uma das elétricas mais comprometidas com a sustentabilidade no Brasil.

Por fim, o GDI ressalta que este conteúdo é informativo, e não figura recomendações.

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