Turbulência

Após crise interna, fundação do IBGE é suspensa

Suspensão do IBGE+ gera crise interna e protestos entre servidores

Após crise interna, fundação do IBGE é suspensa

O Ministério do Planejamento anunciou nesta quarta-feira (29) a suspensão temporária da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+), decisão que agrava a crise interna no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A medida, que ocorreu após uma série de protestos, foi justificada como uma necessidade de buscar modelos alternativos, conforme declarou o ministério.

“Estamos mapeando alternativas que podem exigir modificações legislativas e um diálogo com o Congresso Nacional”.

afirmou a nota oficial.

A fundação, que permitia a captação de recursos privados para o IBGE, gerou forte resistência entre os servidores, que consideraram o modelo como uma ameaça de privatização e um projeto conduzido sem consulta ao corpo técnico. Desde a criação do IBGE+ em setembro do ano passado, a gestão de Marcio Pochmann, presidente do IBGE, tem sido alvo de críticas intensas. Durante evento em Brasília, Pochmann negou qualquer interferência privada no instituto, reafirmando a necessidade de inovação e aumento de recursos para a instituição.

Apesar da declaração de Pochmann, os servidores mantiveram seus protestos. Nesta quarta-feira, em frente à sede do IBGE no Rio de Janeiro, cerca de 200 pessoas participaram de um ato que exigia mais diálogo e transparência nas decisões, com faixas criticando a falta de envolvimento nas decisões sobre a fundação.

A crise também refletiu na estrutura interna do instituto, com a recente saída de quatro diretores e relatos de dificuldades na coleta de dados. Para o futuro, a principal preocupação dos funcionários é que a turbulência interna prejudique a chegada de novos servidores, com 895 vagas abertas no concurso público federal. A situação continua tensa, com a expectativa de novos desdobramentos nas próximas semanas.