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Após queimar caixa para abrir novas unidades, dívidas do Madero chegam perto de R$ 1 bilhão

imagem padrao gdi
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A situação parece estar se encaminhando para um colapso no Madero. A rede de restaurantes, conhecida pelo slogan de ter o melhor sanduíche do mundo, está longe de ter a “melhor gestão do mundo”.

A companhia veio ganhando rapidamente força e presença de mercado nos últimos anos, e o processo de expansão parecia natural. No entanto, com a eclosão da pandemia em 2020, as grandes alavancagens da companhia se transforaram em verdadeiras cordas no pescoço.

O recém-divulgado resultado do segundo trimestre da empresa paranaense fundada pelo chef Durski Junior trouxe números indigestos: uma dívida bruta próxima de R$ 1 bilhão, prejuízos acumulados acima de R$ 700 milhões, queima de caixa que deixou a empresa com apenas R$ 40 milhões e um plano de expansão visto com apreensão no mercado.

Investimento ou má gestão?

No lado otimista da moeda, a empresa defende que os investimentos têm propósito: dobrar o número de lojas para 500 unidades nos próximos quatro anos. A companhia entende que a marca ainda possui grande força de geração de caixa e que a expansão, apesar de barrada pela pandemia, ainda tem muito potencial.

Por outro lado, a pandemia trouxe uma visão obscura das operações da empresa: a dívida líquida mais que triplicou e saltou de R$ 255 milhões ao fim de 2019 para R$ 877 milhões ao fim do segundo trimestre de 2022.

Esse efeito do fechamento das lojas físicas e da queda abrupta da demanda havia sido antecipado pelo empresário, em um alerta que, por outro lado, recebeu na época críticas de muitos consumidores.

No fim de março de 2020, o CEO do Madero alertou para o impacto econômico das medidas de isolamento que começavam a ser tomadas em todo o país, citando especialmente pequenos empresários e o potencial aumento do desemprego, que diz que poderia chegar a 30 milhões de pessoas.

Em vídeo, ele dizia que o Brasil não poderia parar por causa de “5 mil ou 7 mil mortos”, ainda que cada morte devesse ser lamentada. A contagem oficial atualizada aponta 682 mil mortes pelo coronavírus e 34,3 milhões de casos.

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