- As ações da Apple (AAPL34) registraram uma queda superior a 8% no pré-mercado desta segunda-feira (5)
- Isto, após a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduzir quase pela metade sua participação na fabricante do iPhone
- Esse declínio acentuado, no entanto, acontece em um contexto de ampla liquidação nos mercados globais
As ações da Apple (AAPL34) registraram uma queda superior a 8% no pré-mercado desta segunda-feira (5). Isto, após a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduzir quase pela metade sua participação na fabricante do iPhone. Esse declínio acentuado, no entanto, acontece em um contexto de ampla liquidação nos mercados globais.
Por volta das 9h30 (horário de Brasília), as ações da Apple em Nova York desabaram 9,75%. Assim, sendo negociadas abaixo de US$ 200. A queda também afetou outras empresas do setor tecnológico: a Hon Hai Precision Industry, montadora do iPhone listada em Taipei. Além da Taiwan Semiconductor Manufacturing, fabricante de chips, ambas tiveram uma desvalorização de cerca de 10% cada. No setor de componentes, a Murata Manufacturing viu suas ações caírem 15% em Tóquio, enquanto a LG Innotek diminuiu até 13% em Seul e a Luxshare Precision Industry recuou 7,7% em Shenzhen.
Buffett vende ações da Apple
A Berkshire Hathaway vendeu US$ 75,5 bilhões em ações da Apple no segundo trimestre. Assim, elevando o caixa de Warren Buffett a um recorde de US$ 276,9 bilhões. Essa venda ocorreu enquanto os índices de ações dos EUA estavam próximos dos picos de julho, antes da recente correção no mercado.
No último balanço, a Berkshire informou que sua participação na Apple, avaliada em US$ 84,2 bilhões no fim do segundo trimestre, foi reduzida em mais de 49%. Esse movimento faz parte de uma estratégia mais ampla de vendas para aumentar o caixa do conglomerado e pode também servir como proteção contra possíveis aumentos futuros nos impostos sobre ganhos de capital, conforme reportado pela CNBC.
“Deve ser difícil para qualquer um argumentar que isso não é negativo para o mercado”, escreveu Mike O’Rourke, estrategista-chefe de mercado da Jonestrading, em um relatório, referindo-se, assim, à venda de ações da Apple pela Berkshire.
As ações da Apple subiram 23% no trimestre até junho e atingiram um pico histórico em 16 de julho. Assim, impulsionadas pelas expectativas em torno das ofertas de IA da empresa. No entanto, a Bloomberg News revelou na semana passada que os novos recursos de IA da Apple não estarão prontos para o lançamento inicial das próximas atualizações de software. Estes, para iPhone e iPad.
Apesar das recentes vendas, a Apple permanece como a maior posição individual da Berkshire Hathaway. Que já havia reduzido sua participação na empresa no primeiro trimestre deste ano.
“Era esperado que a Berkshire continuasse reduzindo sua posição na Apple, embora a magnitude da queda provavelmente surpreenda algumas pessoas”, escreveu Adam Crisafulli da Vital Knowledge em uma nota.
Apple anuncia lucro líquido de US$ 21,4 bilhões
A empresa registrou uma alta de 7,9% em relação ao reportado no mesmo período do ano anterior.
Na quinta-feira (01), a Apple divulgou que obteve um lucro líquido de US$ 21,4 bilhões em seu terceiro trimestre fiscal de 2024, encerrado em junho, registrando uma alta de 7,9% em relação ao reportado no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da empresa, teve um crescimento de 4,9%, para US$ 85,7 bilhões, superando as estimativas de US$ 84,4 bilhões.
O faturamento de produtos somou US$ 61,56 bilhões, alta anual de 1,6%, enquanto as receitas de serviços avançou 14,1%, para US$ 24,21 bilhões. Já o lucro por ação ficou abaixo da projeção do mercado americano de US$ 1,34.
Segundo informações, o conselho de administração da Apple também anunciou a distribuição de US$ 0,25 por ação em dividendos. O pagamento será realizado em 15 de agosto, com base na composição acionária de 12 de agosto.