
A Argentina conquistou mais um importante reconhecimento internacional nesta sexta-feira (18). A agência de classificação de risco Moody’s anunciou a elevação da nota de crédito do país em dois degraus, impulsionada pelas reformas econômicas promovidas pelo presidente Javier Milei. A nova avaliação melhora as perspectivas da dívida soberana argentina, indicando um ambiente de maior previsibilidade fiscal e confiança dos mercados.
Essa melhora vem na esteira de uma série de iniciativas que vêm reconfigurando a política econômica do país desde que Milei assumiu o comando da Casa Rosada, em dezembro de 2023. Segundo a Moody’s, os ajustes fiscais agressivos e o compromisso com o equilíbrio das contas públicas contribuíram para uma guinada estrutural no cenário argentino, mesmo em meio a um ambiente externo desafiador.
Além disso, a agência apontou como fatores positivos a consolidação de reservas internacionais, o controle da inflação e a melhora nas relações com credores internacionais. Esses elementos, segundo a nota, abrem espaço para uma retomada mais sustentável do crescimento.
Reformas estruturais de Milei começam a dar frutos
Desde sua posse, Milei adotou uma agenda de choque liberal que incluiu o corte de gastos públicos, o fim de subsídios ineficientes e a abertura econômica. Medidas que, inicialmente vistas com desconfiança, agora mostram resultados concretos, tanto no controle da inflação quanto na recuperação da confiança de investidores.
O ajuste fiscal implementado em tempo recorde surpreendeu até mesmo analistas mais céticos. A Argentina, que por anos foi marcada por déficits crônicos, atingiu superávit fiscal primário no primeiro semestre de 2025. A estabilização da moeda local e a forte valorização dos ativos argentinos também refletem esse novo momento.
A Moody’s reforçou que as mudanças institucionais promovidas por Milei melhoraram significativamente o ambiente de negócios, fator que contribui para a atratividade do país no radar dos investidores globais.
Outras vitórias de Milei no plano econômico
Esta não é a primeira conquista de Milei no campo econômico. Desde o início do ano, a Argentina tem acumulado sinais de recuperação. Em junho, o FMI liberou uma nova parcela do programa de auxílio ao país, citando o “compromisso firme com o ajuste estrutural”. Além disso, a inflação acumulada em 12 meses caiu pela metade, saindo de 210% para 98%, segundo o último dado oficial.
Outro marco foi a valorização do peso argentino frente ao dólar nos mercados paralelos, algo praticamente inédito na última década. Paralelamente, a balança comercial do país voltou a registrar superávit, puxada pelo aumento das exportações de commodities e pelo recuo nas importações.
Investidores estrangeiros também retornaram à bolsa de Buenos Aires, que já acumula alta superior a 40% em 2025. Fundos internacionais elogiaram a previsibilidade trazida pelo novo marco regulatório e os avanços no combate à corrupção.
Reconstrução da confiança internacional
O novo upgrade da nota da Moody’s marca uma mudança simbólica para a Argentina. Por anos, o país ocupou as últimas posições nos rankings de crédito, sendo classificado como altamente especulativo e de elevado risco de calote. Agora, com a nota subindo de “Ca” para “Caa2”, o país inicia uma escalada que pode culminar, nos próximos anos, na recuperação do grau de investimento, caso a trajetória de reformas seja mantida.
Milei comemorou o anúncio, afirmando nas redes sociais que “a liberdade está funcionando” e que “a Argentina voltou a ser respeitada”. Ele também prometeu continuar com a “motosserra” contra privilégios, defendendo um Estado mais enxuto, transparente e eficiente.
O movimento da Moody’s poderá influenciar outras agências, como a S&P Global e a Fitch, que ainda mantêm a nota argentina em patamar inferior. Se houver nova rodada de upgrades, o país poderá atrair mais capital estrangeiro, baratear o custo da dívida e ampliar o espaço para investimentos privados.
Resumo em 3 pontos:
- Nota de crédito da Argentina sobe dois níveis pela Moody’s, impulsionada pelas reformas econômicas lideradas por Javier Milei.
- Agência cita ajuste fiscal, controle da inflação e melhora institucional como fatores-chave da elevação.
- Milei acumula vitórias econômicas, incluindo superávit primário, queda da inflação e aumento da confiança do mercado internacional.