Política Internacional

Argentinos poderão entrar nos EUA sem vistos, graças a parceria de Milei e Trump

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crise argentina
  • EUA iniciam processo para isentar argentinos de visto de turismo e negócios.
  • País deve cumprir critérios rigorosos e a liberação pode demorar até três anos.
  • Acordo reforça aliança entre Milei e o governo americano, com foco em segurança e integração.

Os Estados Unidos deram início ao processo de reintegração da Argentina ao programa de isenção de vistos, o Visa Waiver Program (VWP), que permite a entrada de cidadãos em território americano por até 90 dias para turismo ou negócios, sem necessidade de visto. A medida é resultado direto de um acordo firmado entre o presidente argentino Javier Milei e o governo americano.

A iniciativa foi oficializada durante a visita da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, à Casa Rosada, onde foi recebida por Milei e pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich. As autoridades assinaram uma declaração de intenções que marca a retomada de uma cooperação bilateral mais estreita entre os dois países, especialmente em temas de segurança, combate ao crime transnacional e políticas migratórias.

A Argentina já integrou o VWP entre 1996 e 2002, mas foi excluída devido à instabilidade econômica e ao aumento de permanências irregulares nos EUA. Agora, para ser aceita novamente, o país precisará cumprir uma série de exigências, como manter a taxa de rejeição de vistos abaixo de 3%, garantir a repatriação de cidadãos inadimplentes e implementar padrões rigorosos de segurança documental e de dados.

Expectativa de prazo e impactos

Apesar do avanço diplomático, o processo para a reintegração da Argentina ao VWP não deve ser imediato. Estima-se que o trâmite completo leve entre um e três anos, mesmo que todas as exigências técnicas sejam cumpridas. Ainda assim, o acordo é visto como um marco significativo para os argentinos, que poderão no futuro visitar os Estados Unidos com mais facilidade, utilizando apenas a autorização eletrônica de viagem (ESTA).

O governo americano justificou o avanço destacando que a Argentina possui atualmente uma das menores taxas de permanência irregular entre os países da América Latina, além de registrar crescimento expressivo no número de visitantes. Só nos primeiros meses de 2025, o turismo argentino nos EUA cresceu 25%, impulsionado pelo fortalecimento das relações diplomáticas e pela confiança internacional nas reformas promovidas por Milei.

Alinhamento entre Milei e Trump

A assinatura do acordo é mais um capítulo da aproximação entre Javier Milei e o ex-presidente e atual líder republicano Donald Trump. Ambos compartilham ideologias liberais e um discurso antissistema, além de já terem sinalizado diversas intenções de cooperação mútua. Com isso, a Argentina assume um papel cada vez mais central nas estratégias geopolíticas dos EUA na América do Sul.

Além do tema migratório, os dois governos discutem a ampliação de acordos de segurança, investimentos privados e parcerias comerciais. A presença da secretária de Segurança Interna americana em Buenos Aires simboliza esse fortalecimento da aliança, que contrasta com a postura crítica dos EUA em relação a outros países da região, como Brasil e Venezuela.

Segundo Patricia Bullrich, a isenção de vistos representa “mais liberdade, mais integração e mais intercâmbio” para os argentinos. Ela reforçou que a prioridade do governo é ampliar o acesso ao mundo e abrir oportunidades para os cidadãos, sem deixar de cumprir os requisitos de segurança exigidos.

O que vem a seguir

Com o início formal do processo, a Argentina entra em uma fase de auditoria e implementação de normas técnicas. Será necessário, por exemplo, adotar documentos de identidade e passaportes com padrões internacionais, ampliar o compartilhamento de informações de segurança e alinhar sistemas de verificação biométrica. A cooperação entre as agências dos dois países será fundamental para que os prazos sejam respeitados.

Se tudo correr dentro do esperado, a Argentina poderá ser o segundo país da América do Sul a participar do VWP atualmente, ao lado do Chile, que já faz parte do programa desde 2014

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.