
A Armac (ARML3) anunciou nesta quinta-feira (3) um novo programa de recompra de ações, autorizando a aquisição de até 15,5 milhões de papéis ordinários no mercado, o equivalente a 4,47% do total de ações da companhia e 9% dos papéis em circulação na data de referência (26/06/2025).
A decisão vem logo após o encerramento do programa anterior, aprovado em maio, e indica que a administração enxerga a recompra como o melhor destino atual para o caixa da empresa — até mesmo mais vantajoso que a distribuição de dividendos, segundo avaliação dos conselheiros.
“A recompra de ações em circulação é um dos melhores investimentos disponíveis para a alocação de capital, inclusive superior à distribuição de dividendos”, destaca a companhia.
O que muda com o novo programa?
O plano aprovado tem validade de 18 meses, com início em 3 de julho de 2025 e término em 3 de janeiro de 2027.
A aquisição será feita a preço de mercado no pregão da B3, conforme o timing decidido pela administração. As ações recompradas poderão ser mantidas em tesouraria, canceladas, utilizadas em planos de remuneração ou revendidas futuramente.
A companhia já possui 269,5 mil ações em tesouraria e, segundo o comunicado, tem reservas suficientes para custear a recompra, incluindo R$ 127,3 milhões em reserva de capital e R$ 159,7 milhões em lucros acumulados.
Por que a recompra pode beneficiar o acionista?
A recompra de ações é uma forma indireta de distribuição de valor ao acionista. Ao reduzir a quantidade de papéis em circulação, o programa tende a aumentar o lucro por ação (LPA) e, em tese, sustentar a valorização das ações no longo prazo.
Além disso, o movimento pode sinalizar que a administração considera o preço atual das ações descontado em relação ao valor justo, o que aumenta a confiança dos investidores na tese da companhia.
Quem são os intermediários?
O programa contará com a atuação de grandes instituições financeiras como intermediárias, incluindo BTG Pactual, XP Investimentos, Goldman Sachs, Itaú, Santander, Morgan Stanley, entre outras.
A Armac tem fôlego para isso?
Sim. Segundo o conselho de administração, a atual posição de liquidez e o nível de alavancagem da empresa estão controlados, o que garante espaço para a execução do programa sem comprometer a capacidade de pagamento de dívidas ou dividendos obrigatórios.