Você investe em ações de varejo? Os investidores que compõe suas carteiras com as ações deste setor não tiveram dias agradáveis nos últimos meses. Afinal, as ações de varejo foram grandes vitímas dos movimentos especulativos do mercado de capitais e desabaram na bolsa de valores.
No entanto, este movimento derivado de especulações gerou algumas interessantes oportunidades. Afinal, boas empresas com múltiplos fortes e baixo valor de mercado, representam a aritmética favorita dos investidores: ações baratas!
Pensando nisso, uma série de analistas resumem os destaques e os elementos que você precisa ficar de olho para entender o momento de três grandes nomes do setor de varejo brasileiro: Arezzo, Renner e Vulcabras! Confira agora mais detalhes!
O que esperar de Arezzo?
Primeiramente, o primeiro nome da lista é a Arezzo (ARZZ3) e suas “caras ações”. A analista da Benndorf, Victoria Minatto, destacou que o problema do ativo é o fato de estar sempre muito cara. Quando os resultados ficam um pouco abaixo do esperado o papel sofre, pois os investidores ficam decepcionados e vendem o papel.
A analista também afirmou que, em relação aos resultados e governança, a Arezzo é a companhia que tem “a maior nota” de todas as empresas de varejo. “Eles têm um know-how excepcional”.
Mesmo assim, o fato de estar com preços altos torna difícil dar uma recomendação de compra.
“Existem oportunidades melhores tanto no varejo como na bolsa de valores como um todo, com potencial de valorização maior”, afirmou a analista.
O que esperar da Renner
Outro nome carimbado entre as favoritas dos investidores do setor de varejo é a Renner (LREN3). Para a analista da Benndorf, Victoria Minatto, se está todo mundo falando muito bem, então o papel tende a subir, ficar mais esticado e o valuation fica bastante exigente também.
“Não sou muito otimista com o case para médio prazo”, disse.
Victoria explicou que os investidores, geralmente, optam pela Renner, tratando-se de empresas do setor, porque os resultados são mais previsíveis e por ser uma empresa mais madura.
Com isso, apesar do case possuir uma tendência a performar melhor, comparado com outras empresas do varejo e da Bolsa, não consegue ver muito upside.
“O que era bom da Renner foi embora junto com o Galló e a gente vê isso também no último resultado”, disse.
José Galló, é o ex-CEO da companhia, que ficou por mais de 20 anos, e atualmente assume a presidência do conselho administrativo da varejista.
“Quando a gente vai comparar a governança, eu ainda acredito que a governança da C&A é melhor do que da Renner”, destacou.
O que esperar das ações da Vulcabras?
Por fim, a analista se mostra receosa com as ações da Vulcabras (VULC3), que completa a lista. Segundo a especialista, a companhia não apresenta margem de valorização, e por isso, é melhor ficar de fora destes papéis:
“Não vejo upside, então prefiro ficar de fora no momento”.
Victoria pontuou que a companhia apresentou resultado exepcionais, record de receita e ebtida, porém não se sabe se os resultados vieram de outras marcas atreladas à companhia.
“Quando a gente pega os resultados até 2020, sem Mizuno, e em 2021, com Mizuno, a gente consegue entender quando que Mizuno representa do portfólio da Vulcabras. Quando a gente tira esse efeito Mizuno, eu não vejo muito crescimento nas marcas Vulcabras como um todo”, analisou.
A analista disse que não vê upside, levando em consideração o cenário macro, e que não vê como um case que o investidor consiga sustentar uma compra. “A gente está neutro em Vulcabras, apesar de ser sim uma empresa boa, ter seus diferenciais competitivos e atender muito bem o público do esporte”, destacou.
Um dos diferenciais da empresa, citados por Victoria, é a a produção interna de calçados.