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As Perspectivas para as indústrias de petróleo, mineração, elétrica, renovável e saneamento para 2023

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

O próximo ano trará alguns desafios para a indústria de energia e recursos naturais, segundo o sócio da KPMG líder da área, Anderson Dutra. Para o especialista, as empresas desse setor, que englobam os segmentos de petróleo e gás, renovável, elétrico, mineração e saneamento deverão ajustar seus modelos de negócio e operacionais às novas demandas.

  • Petróleo e gás – Acredita-se que haverá uma pausa no processo de desinvestimento do setor, desacelerando o grande boom que vínhamos tendo com o novo ciclo de desenvolvimento de projetos com a extensão do fator de recuperação de campos maduros. O foco no pré-sal continua, porém há uma expectativa de uma visão mais holística para ativos que, potencialmente, possam ser incentivados pelo governo (benefícios e subsídios). Não há indícios de que os leilões planejados não sejam mantidos.
  • Renovável — Continuidade da expansão das fontes solar e eólica na matriz elétrica principalmente fortalecidas pelo movimento de autoprodução de energia. Novas fontes renováveis como hidrogênio e eólica offshore ganham cada vez mais espaço nos portifólios das empresas, bem como novas tecnologias de descarbonização das operações. 
  • Mineração — Vínhamos em um processo forte de retomada de projetos, com destaque para ativos no Pará e na Bahia. Entretanto, é esperado um hiato para reavaliação dos processos de liberação de licenças ambientais bem como de remodelagem da agência reguladora.
  • Elétrico – Continuidade dos investimentos na digitalização das operações para fins eficiência operacional e adequação dos modelos as demandas de modernização do setor. Expectativa de aprovação da lei de abertura de mercado, definindo o papel do consumidor, entre outros temas regulatórios que tendem a aumentar a competitividade no setor.
  • Saneamento – O investimento em várias frentes deve continuar já que alguns compromissos assumidos que já estão sendo realizados. O destaque maior deverá ser para o modelo de concessão e menos para o de privatização.