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AtlasIntel: aprovação de Lula volta a subir com reação a tarifa de Trump

Pesquisa revela que resposta do governo brasileiro às medidas protecionistas dos EUA impulsionou a imagem do presidente e melhorou a avaliação do governo

Lula
Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A nova pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta terça-feira (15), mostra uma reversão significativa na tendência de queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, a aprovação do presidente voltou a crescer, alcançando 49,7%, o maior patamar desde outubro de 2024. Ao mesmo tempo, a desaprovação caiu para 50,3%, o menor nível em quase nove meses — configurando um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa.

O salto de 2,4 pontos percentuais na aprovação é atribuído, em grande parte, à resposta do governo brasileiro às tarifas impostas recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

A pesquisa ouviu 2.481 eleitores entre os dias 11 e 13 de julho e tem margem de erro de mais ou menos 2%.

Reação às tarifas: ponto de virada?

De acordo com o levantamento, 44,8% dos entrevistados consideraram “adequada” a resposta do governo Lula às medidas tarifárias de Trump. Outros 27,5% julgaram a postura “agressiva” e 25,2% a classificaram como “fraca”, enquanto apenas 2,5% disseram não saber opinar.

Essa percepção positiva também se reflete nas expectativas futuras: 47,9% acreditam que o governo brasileiro conseguirá negociar a redução ou reversão das tarifas impostas pelos EUA, enquanto 38,8% se mostram céticos e 13,3% estão indecisos.

Avaliação do governo também melhora

Além da aprovação pessoal de Lula, a avaliação do governo como um todo também apresentou melhora significativa.

A proporção de brasileiros que consideram a gestão “ruim ou péssima” caiu para 49,4%, enquanto os que a avaliam como “ótima ou boa” subiram para 43,4% — uma alta de 1,8 ponto. A fatia que considera o governo “regular” se manteve estável, em 7,2%.

É a primeira vez desde abril que as avaliações negativas deixam de ser majoritárias, sinalizando uma possível inflexão no humor do eleitorado diante de um contexto geopolítico mais desafiador.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.