
A nova pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta terça-feira (15), mostra uma reversão significativa na tendência de queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, a aprovação do presidente voltou a crescer, alcançando 49,7%, o maior patamar desde outubro de 2024. Ao mesmo tempo, a desaprovação caiu para 50,3%, o menor nível em quase nove meses — configurando um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa.
O salto de 2,4 pontos percentuais na aprovação é atribuído, em grande parte, à resposta do governo brasileiro às tarifas impostas recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
A pesquisa ouviu 2.481 eleitores entre os dias 11 e 13 de julho e tem margem de erro de mais ou menos 2%.
Reação às tarifas: ponto de virada?
De acordo com o levantamento, 44,8% dos entrevistados consideraram “adequada” a resposta do governo Lula às medidas tarifárias de Trump. Outros 27,5% julgaram a postura “agressiva” e 25,2% a classificaram como “fraca”, enquanto apenas 2,5% disseram não saber opinar.
Essa percepção positiva também se reflete nas expectativas futuras: 47,9% acreditam que o governo brasileiro conseguirá negociar a redução ou reversão das tarifas impostas pelos EUA, enquanto 38,8% se mostram céticos e 13,3% estão indecisos.
Avaliação do governo também melhora
Além da aprovação pessoal de Lula, a avaliação do governo como um todo também apresentou melhora significativa.
A proporção de brasileiros que consideram a gestão “ruim ou péssima” caiu para 49,4%, enquanto os que a avaliam como “ótima ou boa” subiram para 43,4% — uma alta de 1,8 ponto. A fatia que considera o governo “regular” se manteve estável, em 7,2%.
É a primeira vez desde abril que as avaliações negativas deixam de ser majoritárias, sinalizando uma possível inflexão no humor do eleitorado diante de um contexto geopolítico mais desafiador.