Aura Minerals (AURA33) converte dividendos para real; veja quanto os investidores vão receber

• Aura Minerals pagará R$ 0,74 por ação a detentores de BDRs no dia 30 de maio, após conversão de dividendos em dólar para real.
• Alta do ouro impulsionou lucro de US$ 81,5 milhões no primeiro trimestre e valorizou os papéis da empresa em mais de 60%.
• BDRs da companhia acumulam alta de 61,72% em 2025, reforçando atratividade no mercado brasileiro de capitais.

A mineradora Aura Minerals (AURA33) anunciou nesta terça-feira (27) a conversão dos dividendos originalmente divulgados em dólar para o real, atendendo aos investidores brasileiros que detêm BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da companhia. O pagamento, confirmado para a próxima sexta-feira (30), será feito no valor de R$ 0,74 por ação, tomando como base a cotação de R$ 5,64 no momento da conversão.

A empresa, com sede e listagem principal na Bolsa de Toronto, no Canadá, atua nos setores de mineração de ouro e cobre. Nos últimos meses, ela tem obtido destaque no mercado financeiro. Isso se deve principalmente ao recente avanço nas cotações do ouro, o que contribuiu diretamente para os resultados positivos no primeiro trimestre de 2025.

Conversão atende demanda dos investidores locais

A remuneração em reais dos dividendos anunciados anteriormente em dólar é uma prática comum. Então, isso acontece quando empresas estrangeiras distribuem lucros a detentores de BDRs no Brasil. Assim, a Aura Minerals converteu os US$ 0,13 anunciados em 5 de maio para R$ 0,74 por ação. Dessa maneira, o valor já considera o câmbio aplicado na data de corte.

Ademais, o pagamento está previsto para ocorrer no dia 30 de maio. Os acionistas com posição registrada na data-base não precisarão tomar nenhuma ação adicional. O crédito será feito automaticamente em conta, conforme a posição dos papéis na B3.

Além disso, a iniciativa da Aura reforça seu compromisso com a atratividade de seus ativos no Brasil. A conversão reduz o impacto do câmbio para o investidor local e pode estimular o interesse por esses papéis nos próximos meses.

Alta do ouro impulsiona lucro e valorização dos papéis

A empresa se destacou ao apresentar um Ebitda ajustado de US$ 81,5 milhões no primeiro trimestre de 2025. Esse valor representa uma alta de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, houve crescimento de 3% frente ao quarto trimestre de 2024.

No acumulado dos últimos 12 meses, o Ebitda ajustado atingiu US$ 295 milhões. Esse desempenho foi impulsionado pelo preço médio do ouro, que chegou a US$ 2.500 por onça no período analisado. A receita líquida alcançou US$ 161,8 milhões, superando em 23% o resultado do primeiro trimestre de 2024.

Mesmo diante da instabilidade provocada por tarifas comerciais nos Estados Unidos, a Aura manteve sua resiliência operacional. O bom desempenho também refletiu na valorização de seus papéis: os BDRs da empresa acumulam alta de 61,72% em 2025. Já na Bolsa de Toronto, os ativos avançaram 64,74% no mesmo intervalo.

Perspectiva positiva sustenta atratividade dos BDRs

Com o cenário global favorável para metais preciosos, a Aura Minerals projeta manter sua performance ao longo do ano. A demanda por ativos reais cresce em períodos de incerteza, e isso fortalece ainda mais os fundamentos da companhia. Além disso, a estabilidade de suas operações garante previsibilidade aos investidores.

A conversão dos dividendos e os resultados consistentes reforçam a percepção de solidez. Ao distribuir lucros em reais, a empresa amplia o acesso a seus papéis. Isso é relevante especialmente para o investidor pessoa física, que busca oportunidades com menor exposição cambial.

O pagamento de proventos, mesmo em um ambiente externo volátil, demonstra uma gestão financeira eficiente. A mineradora vem se posicionando como uma alternativa atrativa e segura no setor de metais. Como resultado, os BDRs da Aura têm se destacado entre os mais valorizados do ano.