Projeto ambicioso

Axia Energia (AXIA3) revela planos com Data Center no Rio; estratégia irá surpreender

Companhia inicia estudos para construir subestação dedicada ao projeto Rio AI City, que prevê até 3,2 GW de capacidade.

Crédito: Divulgação AXIA Energia
Crédito: Divulgação AXIA Energia
  • Brasil se consolida como polo de data centers e IA na América Latina.
  • AXIA3 inicia estudos para subestação dedicada ao Rio AI City.
  • Projeto bilionário prevê até 3,2 GW de capacidade energética.

A Axia (AXIA3) avalia opções para garantir o fornecimento de energia ao data center Rio AI City, um projeto estimado em US$ 50 bilhões que pode colocar o Rio de Janeiro entre os novos polos de inteligência artificial da América Latina. Além disso, a iniciativa marca a expansão do país no setor de tecnologia avançada.

Segundo a diretora Virginia Fernandes Feitosa, a empresa fará estudos de engenharia e custos para viabilizar uma subestação elétrica exclusiva ao empreendimento. Esses trabalhos apoiarão o projeto desenvolvido pela Elea Data Centers, que conta com respaldo do Goldman Sachs.

Axia quer acelerar infraestrutura para o projeto

Feitosa explica que a companhia usa sua infraestrutura interna para atuar como um “catalisador” do avanço do Rio AI City. Assim, a Axia pretende definir quais melhorias garantirão energia suficiente para as próximas fases do complexo tecnológico.

O plano avança em um momento em que o Brasil ganha destaque global no mercado de data centers. O país já tem o maior número de instalações da América Latina e, recentemente, a ByteDance, dona do TikTok, anunciou investimento superior a R$ 200 bilhões no Nordeste, reforçando essa tendência.

Com isso, a Axia vê no projeto uma oportunidade estratégica para fortalecer a presença do Brasil na rota de nuvem e IA, apoiada por energia renovável abundante e por uma rede elétrica interconectada.

Localização estratégica reforça potencial

O Rio AI City ficará perto da infraestrutura montada para os Jogos Olímpicos de 2016. Dessa forma, poderá utilizar cabos de fibra óptica de alta velocidade que já operaram transmissões internacionais.

A primeira fase prevê 1,5 GW de capacidade e um investimento inicial de US$ 50 bilhões. Posteriormente, o projeto pode chegar a 3,2 GW, volume equivalente ao atual consumo de energia de toda a cidade do Rio de Janeiro.

A Elea Data Centers espera que o avanço das obras transforme o local em uma das maiores plataformas de IA do mundo, já que contará com energia estável e conectividade de alto desempenho.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.