![B3 apresenta nova alta no volume de ações em janeiro B3 apresenta nova alta no volume de ações em janeiro](https://uploads.guiadoinvestidor.com.br/2024/12/DAtt8E38-B3-Oficial-1024x576.webp)
- Volume de ações cresce 0,7% em janeiro, com queda de 21,6% em relação a dezembro
- Número de contas e investidores individuais segue em alta, mas com redução no número de empresas listadas
- Mercado de futuros registra queda de 6,0% no volume médio diário, mas com aumento de 40,7% na receita por contrato
Em janeiro de 2025, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou um leve crescimento de 0,7% no volume financeiro médio negociado no segmento de ações, alcançando R$ 23,559 bilhões.
Esse aumento, comparado ao mesmo período de 2024, mostra uma leve recuperação, embora, em relação a dezembro de 2024, tenha ocorrido uma queda significativa de 21,6%.
A disparidade entre os meses de janeiro e dezembro reflete a volatilidade e os ajustes típicos após as festividades de fim de ano. Contudo, quando o volume de negociações tende a ser mais baixo.
Crescimento no número de contas e investidores
Outro dado importante registrado pela B3 foi o crescimento no número de contas na depositária. A bolsa encerrou janeiro com 6,076 milhões de contas, o que representa um aumento de 3,7% quando comparado ao mesmo mês de 2024. Esse dado é um reflexo do interesse crescente da população no mercado de capitais e na busca por alternativas de investimento.
No entanto, o crescimento mais expressivo aconteceu no número de investidores individuais, que alcançou 5,278 milhões, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior.
Esses números indicam que, apesar das oscilações no volume de transações, a base de investidores está se expandindo.
Queda no número de empresas listadas
Por outro lado, o número de empresas listadas na B3 apresentou uma queda. Em janeiro de 2025, o número de companhias registradas foi de 421, comparado a 445 no mesmo mês do ano anterior.
Essa diminuição pode ser atribuída ao ambiente econômico mais desafiador, que pode ter levado algumas empresas a adiar ou repensar seus planos de listagem.
A alta volatilidade do mercado e as incertezas econômicas são fatores que impactam diretamente as decisões corporativas, e a redução no número de empresas listadas reflete essa realidade.
Capitalização de mercado em queda
A capitalização de mercado também apresentou um cenário desafiador. A média de capitalização de mercado ficou em R$ 4,138 trilhões, uma queda de 11,2% quando comparado a janeiro de 2024.
Esse recuo está relacionado com o desempenho das ações na bolsa, refletindo uma desvalorização geral das empresas que compõem o índice. Embora a alta de investidores seja um reflexo positivo para a B3, a perda na capitalização de mercado revela as dificuldades que o mercado enfrenta em termos de valorização das empresas listadas.
Mercado de futuros e renda fixa
O mercado de futuros, que inclui produtos como juros, moedas e mercadorias, registrou uma queda no volume médio diário de 6,0%, totalizando R$ 6,108 bilhões.
Apesar da queda no volume, a receita média por contrato subiu para R$ 1,801, representando uma alta de 40,7% no comparativo anual. Esse crescimento da receita média por contrato reflete uma busca maior por produtos com maior risco ou especificidade, o que tende a aumentar os custos das transações.
Além disso, o mercado de balcão apresentou um desempenho positivo. As novas emissões de renda fixa subiram 12,3% em janeiro de 2025, atingindo R$ 1,618 trilhão, um indicativo de que as empresas estão buscando captar recursos por meio desse tipo de investimento.
O estoque de renda fixa também apresentou crescimento de 24,5%, alcançando R$ 7,740 trilhões, sinalizando a confiança do mercado na capacidade de emissão de títulos e a continuidade de uma estrutura de financiamento forte.