Notícias

B3 divulga os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024

Resultados da bolsa brasileira mostram crescimento nas receitas de todos os segmentos da companhia no segundo trimestre.

ibovespa b3
ibovespa b3

A B3 S.A. (B3SA3) divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. A receita total atingiu R$ 2,7 bilhões, o que representa crescimento de 10,1% em relação ao segundo trimestre de 2023 e de 10,6% em relação primeiro trimestre de 2024. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 5% em comparação com o mesmo período de 2023 e de 8,5% considerando o primeiro trimestre de 2024.

Impulsionada pelo seu modelo diversificado de negócios, a B3 apresentou crescimento na receita em todos os segmentos. As incertezas do cenário macroeconômico e a manutenção dos juros altos continuaram afetando o segmento de ações. Por outro lado, os derivativos de índices e demais instrumentos de renda variável apresentaram boa performance no trimestre.

O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) em ações totalizou R$23,9 bilhões, queda de 11,2% em comparação com o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre, o ADTV mostrou leve recuperação, com alta de 1,2%. Mesmo diante de um cenário desafiador, o ADTV se manteve próximo a R$ 24 bilhões no primeiro semestre, demonstrando maior maturidade e resiliência do nosso mercado.

Em derivativos listados, o cenário de volatilidade aliado às mudanças tarifárias feitas pela B3 no ano passado tiveram efeito positivo no desempenho do segmento. O volume médio diário negociado (ADV) foi de 8,2 milhões de contratos, crescimento de 27,4% em relação ao segundo trimestre de 2023. Destaque também para os contratos de juros futuros de DI, que registraram aumento de 40% no volume no mesmo período.

No mercado de balcão, o patamar elevado das taxas de juros no Brasil continuou estimulando o mercado de renda fixa, que apresentou crescimento significativo no estoque dos produtos de captação bancária e de outros instrumentos como certificados de recebíveis, letras de crédito e cotas de fundos.

“Mais uma vez, o modelo de negócios da B3, com foco nas receitas diversificadas, comprovou sua robustez. Mesmo diante das incertezas que afetam o desempenho do mercado de ações, conseguimos avançar e obter aumento nas receitas de todos os segmentos da companhia, com destaque para as áreas de balcão e derivativos listados”, comenta André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.

As despesas totais da B3 apresentaram quedas de 15,1% e 21,4% em relação ao segundo trimestre de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024, respectivamente, principalmente devido ao término da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip, que teve início em 2017 e durou até o final do primeiro trimestre deste ano.

Como parte do objetivo de otimizar sua estrutura de capital, em maio, a B3 realizou sua oitava emissão de debêntures. A quantia de R$ 4,5 bilhões, com custo de CDI + 0,62%, foi a maior emissão da história da companhia em volume financeiro e os recursos obtidos foram utilizados no pré-pagamento de emissões anteriores, não implicando na revisão da projeção de nível de endividamento para o final de 2024.

As distribuições no trimestre somaram R$1,7 bilhão, sendo R$1,3 bilhão em recompras de ações e o restante em dividendos e JCP. No acumulado de 2024, as distribuições somam R$ 2,3 bilhões, com R$ 1,5 bilhão em recompras de ações, o que representa 2% do capital social da companhia. Adicionalmente, em agosto, o Conselho de Administração aprovou um aditamento do programa de recompra, alterando o limite de ações a serem adquiridas de 230 milhões para 340 milhões.

Receita do segmento Listado

No segundo trimestre, o segmento Listado gerou receita de R$ 1,6 bilhão (57,8% do total), o que representa alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2023.

No mercado de Ações e Instrumentos de Renda Variável, houve queda de 11,2% no ADTV de ações à vista, explicada principalmente pela continuidade do cenário de taxas de juros em níveis elevados nas principais economias globais, somada às incertezas do cenário fiscal doméstico, que contribuíram para a manutenção da taxa de juros local em nível ainda elevado.

Apesar do recuo no ADTV, vale destacar o crescimento de 3% nos volumes de ETFs, 45% nos BDRs, e 37% nos Fundos Listados, este último influenciado principalmente pelo crescimento dos fundos imobiliários, que registraram aumento de 20% no volume. Esses produtos representaram 13% do ADTV no período, contra 10% no ano anterior. Nos contratos futuros de índices, houve crescimento de 17,9%, principalmente pelo aumento de negociação das versões mini dos contratos do Futuro de Ibovespa.

Receita do segmento Balcão

O segmento de Balcão obteve receita de R$ 425,7 milhões (15,6% do total), o que significa aumento de 16,5%.

O volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 0,4% na comparação com o segundo trimestre de 2023 e 10,5% contra o primeiro trimestre de 2024. As emissões de CDBs representaram 69,5% das emissões de instrumentos de renda fixa do período.

O estoque médio de instrumentos de captação bancária registrou crescimento de 25,8%, enquanto o volume de estoque de dívida corporativa teve alta de 0,6%. Este último foi afetado pela redução no volume de debêntures de leasing, que representaram 2,2% do estoque de dívida corporativa no período, contra 21% no mesmo trimestre de 2023. Outros produtos do segmento de balcão tiveram crescimento de 30,4% no estoque, com destaque para o volume de RDB, com crescimento de 43%, CPR, com aumento de 34% e a LCI, que registrou aumento de 24% no estoque.

O Tesouro Direto também segue em contínuo crescimento. O número de investidores cresceu 18,6% e o estoque médio cresceu 19,1%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Receita do segmento Infraestrutura para Financiamento

O segmento de Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 151 milhões (5,5% do total), aumento de 33,9% em relação ao segundo trimestre de 2023. Tal valor foi influenciado pelas receitas do programa Desenrola, encerrado no final de maio.

Já o número de veículos vendidos no Brasil no segundo trimestre aumentou 11,5%, enquanto o número de financiamentos registrou aumento de 26,0%. O percentual de veículos financiados alcançou 35,4% dos veículos vendidos, um aumento de 4,1 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre de 2023.

Receita do segmento Tecnologia, Dados e Serviços

O segmento de Tecnologia, Dados e Serviços teve receita de R$ 527,5 milhões (19,3% do total), representando alta de 11,5% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Ao longo do trimestre, a quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão aumentou 6,9%, resultado, principalmente, do crescimento da indústria de fundos no Brasil.

O documento com as informações completas sobre os resultados operacionais para o segundo trimestre de 2024 está disponível no site de RI da B3.

Podcast RI B3 – 2T24

Clique aqui e ouça os comentários de Fernando Tavares de Campos, superintendente de Relações com Investidores, e André Veiga Milanez, diretor executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores, sobre os resultados financeiros da B3 no 2º trimestre de 2024.