
- Inflação projetada para 2025 e 2026 recua levemente para 5,05% e 4,41%.
- PIB esperado cai para 2,21% em 2025 e 1,87% em 2026.
- Previsões para Selic e dólar permanecem estáveis.
Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram novamente as projeções para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 e 2026. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11), mostrou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 em 5,05% e 2026 em 4,41%.
Na semana anterior, as expectativas eram ligeiramente maiores, de 5,07% e 4,43%, respectivamente. Para 2027 e 2028, o mercado manteve as previsões de 4,00% e 3,80%. Apesar do recuo, os números ainda estão acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
PIB também sofre ajuste
O Focus trouxe, além disso, cortes nas estimativas para o crescimento econômico. Para 2025, a projeção para o PIB caiu de 2,23% para 2,21%. Para 2026, passou de 1,88% para 1,87%. Embora pequenas, essas reduções reforçam o cenário de expansão modesta da atividade no médio prazo.
Já para 2027, o mercado espera avanço de 1,93%, levemente abaixo da projeção anterior de 1,95%. Então, para 2028, a expectativa permanece em 2,00%. Esses dados refletem a percepção de que a economia continuará crescendo em ritmo moderado, pressionada por juros altos e incertezas externas.
Portanto, economistas destacam que o desempenho mais fraco pode estar ligado à política monetária ainda restritiva, que limita investimentos e consumo, além de impactos vindos do cenário global.
Selic segue elevada
Quanto à taxa básica de juros, o Boletim Focus manteve estáveis as projeções para todo o horizonte analisado. Logo, o mercado espera que a Selic encerre 2025 em 15%, recuando para 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10,00% em 2028.
Ademais, essa perspectiva indica que o Banco Central deve manter uma política monetária conservadora, focada no controle da inflação. Assim, com juros altos por mais tempo, a expectativa é de que a demanda interna siga contida, o que ajuda a reduzir pressões inflacionárias, mas limita o ritmo de crescimento econômico.
Portanto, segundo analistas, o corte gradual dos juros dependerá do comportamento dos preços, do mercado de trabalho e da atividade econômica nos próximos trimestres.
Câmbio estável no horizonte
As expectativas para o dólar também não mudaram em relação à semana anterior. Sendo assim, o mercado projeta que a moeda norte-americana encerre 2025 em R$ 5,60. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é de R$ 5,70.
Além disso, a estabilidade nas projeções cambiais indica que os analistas não esperam grandes choques externos no curto prazo, embora reconheçam riscos associados à política monetária dos Estados Unidos e à evolução das commodities.
Desse modo, especialistas ressaltam que, mesmo com um câmbio relativamente estável, movimentos bruscos não estão descartados, especialmente em períodos de maior aversão ao risco ou incerteza política interna.
Expectativas consolidadas do Focus
Inflação (IPCA):
- 2025: de 5,07% para 5,05%
- 2026: de 4,43% para 4,41%
- 2027: permanece em 4,00%
- 2028: permanece em 3,80%
PIB:
- 2025: de 2,23% para 2,21%
- 2026: de 1,88% para 1,87%
- 2027: de 1,95% para 1,93%
- 2028: permanece em 2,00%
Selic:
- 2025: 15%
- 2026: 12,50%
- 2027: 10,50%
- 2028: 10,00%
Dólar:
2028: R$ 5,70
2025: R$ 5,60
2026: R$ 5,70
2027: R$ 5,70