Preparem-se, porque a notícia econômica da vez vem direto da Argentina! Na última sexta-feira (11 de abril de 2025, conforme a data original), o Banco Mundial soltou a notícia de um pacote de apoio financeiro parrudo: US$ 12 bilhões destinados à terra do tango. Mas calma, não é dinheiro caindo do céu. Segundo a própria instituição, a grana tem um objetivo claro: dar aquele empurrão nas reformas propostas pelo governo de Javier Milei. A ideia é que essas mudanças consigam atrair mais investimentos de empresas privadas e, consequentemente, turbinar a criação de empregos no país.
Em um comunicado oficial, o Banco Mundial deixou claro que essa injeção de capital funciona como um “voto de confiança” nos esforços do governo argentino para “estabilizar e modernizar” a economia, que vem passando por poucas e boas nos últimos tempos. É como dizer: “Acreditamos no caminho que vocês estão traçando”.
Mas como esses US$ 12 bilhões serão divididos? Vamos aos detalhes:
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- US$ 5 bilhões virão do BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, um braço do Banco Mundial). Esse montante será focado em projetos do setor público que abram caminho para o crescimento do setor privado. Pense em modernização da cobrança de impostos, melhorias na educação e mais grana para infraestrutura. Desse valor, US$ 1,5 bilhão já podem ser liberados de cara, através de uma operação de financiamento especial.
- Outra parte importante vem da MIGA (Agência Multilateral de Garantia de Investimentos), que espera liberar cerca de US$ 1,5 bilhão em garantias. O foco aqui é facilitar o acesso ao crédito, especialmente para as pequenas e médias empresas (PMEs), e também atrair mais investimento privado para projetos de infraestrutura.
- Por fim, a IFC (Corporação Financeira Internacional) entra com a maior fatia, prometendo investir e mobilizar até US$ 5,5 bilhões para o desenvolvimento do setor privado. As áreas que devem receber atenção especial incluem infraestrutura, mineração de minerais essenciais, agronegócio, energia (geração e transmissão) e outros setores considerados de alto impacto para a economia. Deste valor, US$ 2 bilhões podem ser aplicados já no primeiro ano.
O Banco Mundial ressaltou que este “pacote abrangente reforça o compromisso” da instituição com as reformas na Argentina e visa ajudar o país a destravar o crescimento e as oportunidades de emprego a longo prazo. A implementação do pacote deve ocorrer ao longo dos próximos 3 anos, mas ainda depende da aprovação final da diretoria do Banco. Vale lembrar que essa ajuda não vem isolada, fazendo parte de um esforço internacional maior que inclui também o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Do lado argentino, o Ministério da Economia informou que esse pacote do Banco Mundial vai complementar o acordo já existente com o FMI. A expectativa é que essa combinação libere US$ 6,1 bilhões em recursos “livres” para reforçar as reservas do Banco Central argentino ainda este ano. Somando isso aos US$ 15 bilhões já previstos do FMI para 2025, o montante total de apoio financeiro pode chegar a US$ 21,1 bilhões em 2025, segundo cálculos do jornal argentino La Nación. É dinheiro entrando para tentar colocar a casa em ordem!
