- Citigroup credita US$ 81 trilhões por engano em transação interna
- Funcionário percebeu a falha 90 minutos depois do erro
- Banco reverteu a transação em poucas horas sem prejuízo financeiro
Em abril, o Citigroup creditou por engano US$ 81 trilhões em vez de US$ 280 na conta de um cliente no Brasil.
O banco corrigiu o erro em poucas horas, após dois funcionários não perceberem a falha inicialmente. O caso, revelado pelo Financial Times, reforça preocupações sobre os controles internos do banco.
Erro milionário e detecção tardia
A falha ocorreu em uma transação interna do Citigroup e foi detectada 90 minutos depois, quando um terceiro funcionário notou o problema.
Mesmo com o erro, nenhum dinheiro efetivamente saiu do banco, evitando um impacto financeiro para a instituição ou para o cliente.
Após a identificação do erro, o Citigroup reportou o caso como um “quase erro” ao Federal Reserve e ao Escritório do Controlador da Moeda dos Estados Unidos. O banco destacou que seus sistemas de controle conseguiram detectar e corrigir a falha antes que causasse qualquer prejuízo.
Declaração do Citigroup
O porta-voz do banco garantiu que, mesmo com o tamanho do erro, o pagamento jamais seria processado, pois os sistemas de segurança do Citigroup bloqueiam a saída de fundos.
“Nossos controles de detecção identificaram prontamente o erro de entrada entre duas contas do livro razão da Citi e revertimos a entrada. Nossos controles preventivos também teriam impedido que quaisquer fundos saíssem do banco”, declarou o Citigroup.
O porta-voz ainda ressaltou que o incidente não teve impacto financeiro para o banco ou para o cliente envolvido.
Histórico de “quase erros” no Citigroup
Segundo o relatório do Financial Times, o erro no Brasil foi apenas um dos 10 incidentes semelhantes registrados pelo Citigroup em 2024, envolvendo quantias acima de US$ 1 bilhão. Embora o número tenha diminuído em relação aos 13 casos de 2023, a ocorrência de falhas dessa magnitude ainda preocupa analistas do setor financeiro.
Erros dessa escala raramente ocorrem no setor bancário dos Estados Unidos, aumentando a pressão sobre o Citigroup para reforçar seus processos internos e prevenir novas falhas.
Repercussão no setor bancário
O caso levanta questionamentos sobre a eficiência dos mecanismos de controle interno do Citigroup. Apesar da rápida reversão, a frequência de “quase erros” sugere a necessidade de melhorias nos sistemas de auditoria e validação de transações.
Especialistas apontam que erros desse tipo podem comprometer a credibilidade do banco, além de atrair a atenção de reguladores, que podem exigir medidas mais rigorosas para evitar falhas futuras.
O que o caso revela?
- Erro bilionário: Citigroup creditou US$ 81 trilhões por engano na conta de um cliente.
- Correção rápida: O banco reverteu a transação horas depois, sem prejuízo financeiro.
- Controles sob pressão: O incidente reforça preocupações sobre a segurança das operações bancárias.
O episódio serve como um alerta para o Citigroup e para o mercado financeiro, reforçando a importância de controles internos eficazes para evitar falhas de grande escala.