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Bancos recuam e Weg tem maior alta na bolsa

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Papéis bancários caem após proposta de fim do JCP por Haddad; Weg se destaca com maior alta do dia na Bovespa.

Os papéis dos principais bancos tiveram uma sessão desfavorável na bolsa após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar sua proposta para acabar com o JCP em 2024.

Banco do Brasil (-2,70%), Banco Bradesco (-1,96%), Banco Bradesco BBI (-1,72%) e Itaú Unibanco (-1,59%) foram alguns dos que registraram baixas. No entanto, os ativos de empresas relacionadas a commodities compensaram as perdas do setor bancário.

Vale (+3,02%), Petrobras (+2,07% e +2,09%) se destacaram no lado positivo, juntamente com Weg (+7,21%), Eneva (+4,38%) e Embraer (+4,37%). Por outro lado, os frigoríficos tiveram desvalorização devido ao aumento dos preços dos grãos após os ataques russos na Ucrânia. IRB Brasil Resseguros foi a maior perda do dia, caindo 14,40%.

Proposta de fim do JCP provoca recuo dos bancos e empresas de commodities lideram ganhos na Bovespa

A sessão desta segunda-feira na bolsa foi marcada por movimentações distintas nos diferentes setores do mercado financeiro brasileiro. A confirmação da proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para acabar com o JCP em 2024 impactou negativamente os principais bancos, levando-os a registrar baixas consideráveis.

Papéis do Banco do Brasil tiveram uma queda de 2,70%, enquanto o Banco Bradesco e o Banco Bradesco BBI recuaram 1,96% e 1,72%, respectivamente. O Itaú Unibanco também foi afetado, apresentando uma desvalorização de 1,59%.

Por outro lado, as empresas ligadas ao setor de commodities apresentaram um desempenho positivo que compensou as perdas do sistema bancário. A Vale se destacou com um aumento de 3,02%, enquanto a Petrobras, nas suas duas ações, registrou altas de 2,07% e 2,09%. Além disso, Weg (+7,21%), Eneva (+4,38%) e Embraer (+4,37%) figuraram entre as empresas com maior alta do dia na Bovespa.

Entretanto, o setor de frigoríficos teve uma sessão desfavorável devido ao salto nos preços dos grãos causado pelos ataques da Rússia a portos da Ucrânia. O resultado foi uma desvalorização significativa nos papéis de algumas empresas do setor. A BRF caiu 2,28%, Marfrig registrou uma baixa de 3,88%, e a Minerva Foods apresentou uma desvalorização de 4,38%.

A maior desvalorização do dia ficou com a IRB Brasil Resseguros, que despencou 14,40%, refletindo o seu resultado do mês anterior. Apesar de reportar um prejuízo de R$ 10,4 milhões no período, a empresa apresentou um desempenho menos negativo do que no mesmo período do ano anterior, quando registrou um prejuízo de R$ 273,1 milhões.

Já o real brasileiro mostrou resistência frente ao dólar americano, ganhando valor impulsionado pelos movimentos ocorridos na China e Rússia que afetaram os preços das commodities.

A Rússia continuou com seus ataques a depósitos de grãos em portos ucranianos, gerando preocupações sobre o fornecimento de commodities agrícolas. Como resultado, os preços do milho e da soja dispararam, fortalecendo ainda mais as moedas de países emergentes exportadores, como o Brasil.

Enquanto o real se fortaleceu, o dólar americano enfrentou desafios em relação a outras moedas principais, como o euro, que registrou PMIs fracos na zona do euro, especialmente na Alemanha, levando a uma alta da moeda norte-americana em relação ao euro.

O dólar à vista fechou em queda de 0,99%, sendo cotado a R$ 4,7331, oscilando entre R$ 4,7237 – alcançando o menor valor intraday desde junho de 2022 – e R$ 4,7834. Enquanto isso, o dólar futuro para agosto apresentou uma queda de 1,03%, cotado a R$ 4,738 às 17h08.

Internacionalmente, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, subiu 0,34% para 101,515 pontos, enquanto o euro recuou 0,59%, cotado a US$ 1,1061, e a libra esterlina caiu 0,28%, sendo negociada a US$ 1,2818.