
O reajuste anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará cada 100 kWh consumidos custarem R$ 7,87 a mais a partir de 1º de agosto, no patamar 2 da bandeira vermelha.
A decisão reflete a persistente estiagem nas bacias hidrográficas, que reduz a geração hidrelétrica e obriga o acionamento de termelétricas mais caras, pressionando o bolso das famílias.
Por que a conta vai subir
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza mensalmente o custo efetivo da geração de energia. Quando as chuvas são insuficientes, as usinas termelétricas — movidas a óleo e gás — entram em ação, elevando o custo de produção.
Em julho, a bandeira estava no patamar 1, com acréscimo de R$ 6,70 por 100 kWh. Agora, com reservatórios abaixo da média histórica, a Aneel migrou para o nível 2, o mais oneroso do modelo.
Especialistas apontam que, se a estiagem se estender, o patamar 2 poderá permanecer até setembro, o que manterá a pressão sobre as contas.
Impacto na sua fatura
Para uma residência que consome 150 kWh por mês — patamar médio no país —, o extra saltará de R$ 10,05 para R$ 11,81, quase 18% acima do valor anterior.
Em termos práticos, a fatura pode aumentar até 10% no total, dependendo do perfil de consumo.
A parcela de baixa renda receberá o “Bônus Itaipu” (R$ 936,8 milhões distribuídos entre 97% dos consumidores), mas isso não elimina a sensação de aperto.
Como economizar na conta
- Reveja hábitos: desligue aparelhos em stand-by e maximize o uso da luz natural.
- Invista em eletrodomésticos Procel A, que podem reduzir o consumo em até 30%.
- Monitore o gasto em tempo real pelos apps das distribuidoras e ajuste horários de pico.
- Programe máquinas de lavar e secar para horários fora de ponta, aproveitando tarifas menores.