
- TCU fará fiscalização permanente em fundos de pensão de estatais
- Monitoramento abrangerá quase R$ 700 bilhões em patrimônio
- Objetivo é prevenir riscos e prejuízos em investimentos
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu instaurar uma fiscalização contínua em todos os fundos de pensão ligados a empresas públicas e sociedades de economia mista federais.
A medida busca reforçar a supervisão de aplicações em ações, debêntures e outros ativos, diante do risco de prejuízos bilionários que podem afetar milhares de beneficiários.
Fiscalização sem prazo para acabar
O acompanhamento será feito por equipes técnicas do TCU, que vão analisar dados financeiros e atuariais, além de relatórios de auditoria interna e externa.
Além disso, a meta é monitorar não apenas a rentabilidade dos investimentos, mas também os indicadores de risco das carteiras administradas.
Desse modo, segundo o tribunal, a ação terá caráter permanente e não está limitada a auditorias pontuais, ampliando a transparência e a prevenção de irregularidades.
Patrimônio bilionário no radar
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) somavam R$ 679 bilhões em patrimônio até abril, valor que ficará sob vigilância constante.
Ademais, o pedido partiu da unidade de auditoria especializada em bancos públicos e reguladores financeiros (AudBancos).
Por fim, o ministro Bruno Dantas, que autorizou a medida, alertou que operações mal conduzidas podem causar “elevados prejuízos” aos fundos e à sustentabilidade dos planos de benefícios.