
Nesta quarta-feira (28), o Bitcoin (BTC) amanheceu com leve queda, em negociação na faixa dos US$ 108 mil, com queda de 0,61%, por volta das 09:30.
A movimentação tímida reflete o momento de cautela dos investidores, que aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), prevista para as 15h (horário de Brasília).
Sem novos catalisadores no horizonte imediato, os ativos de risco como criptomoedas e bolsas globais entraram em modo de correção, aguardando pistas sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Foco total no Fed
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) será analisada linha por linha pelos investidores, que buscam entender se haverá espaço para cortes nos juros ainda em 2025.
No curto prazo, o mercado aposta majoritariamente na manutenção da taxa básica entre 4,25% e 4,5% ao ano, segundo dados do CME Group.
A expectativa mais concreta para um eventual corte só aparece em setembro, e qualquer mudança nesse cronograma, especialmente se indicada na ata de hoje, poderá movimentar fortemente os preços dos ativos de risco — incluindo o Bitcoin.
Bolsas globais em queda
Nos mercados tradicionais, o sentimento também é de espera. Bolsas asiáticas encerraram o pregão com desempenho misto, enquanto os principais índices europeus e os futuros de Wall Street operam em leve queda nesta manhã.
A ausência de notícias relevantes contribui para o ritmo morno dos negócios.
Bitcoin e os juros: por que importa?
A política de juros nos EUA tem impacto direto nas criptomoedas. Quando os juros caem, o apetite por risco aumenta — investidores tendem a buscar retornos em ativos mais voláteis, como o Bitcoin.
Por isso, qualquer sinalização de corte futuro pode acionar uma nova onda de valorização no mercado cripto.
No entanto, o cenário é desafiador: a inflação americana continua elevada, o que pode forçar o Fed a manter a política monetária apertada por mais tempo, jogando um balde de água fria nas expectativas de cortes.
Como pano de fundo, entra a política: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pressionado publicamente o Fed por uma flexibilização mais rápida das taxas de juros. Essa pressão, embora simbólica, pode adicionar volatilidade à leitura da ata.