
O bitcoin (BTC) manteve sua trajetória ascendente nesta quarta-feira (21), impulsionado por ventos regulatórios e políticos favoráveis nos Estados Unidos. Por volta das 05h40 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo chegou a romper os US$ 107 mil, apenas alguns passos de seu recorde de US$ 109.288, registrado em janeiro.
Por volta das 08:30, o BTC subia 1,24%, cotado a R$ 106,421,6.
O movimento de alta ocorre em meio ao avanço da Lei GENIUS, um marco regulatório para stablecoins que passou por importantes barreiras no Senado norte-americano nesta semana.
O projeto, considerado uma vitória significativa para o setor de criptoativos, poderá ser votado no plenário do Senado ainda esta semana e, em seguida, seguirá para a sanção do presidente Donald Trump.
Ambiente regulatório mais favorável
A aprovação inicial da Lei GENIUS sinaliza um possível novo capítulo nas relações entre o governo americano e o mercado de criptomoedas.
Assim, analistas apontam que o cenário regulatório mais amigável pode atrair maior participação institucional e fomentar o crescimento sustentável do setor.
Além disso, a recente criação de uma Reserva Estratégica de Bitcoin pelo governo Trump, anunciada em março, reforça o compromisso dos EUA em se posicionar como potência global em ativos digitais.
Dessa forma, a medida é vista como um catalisador para o fortalecimento da confiança do mercado.
Tensões geopolíticas e Fed ainda geram cautela
Apesar do otimismo, nuvens ainda pairam sobre os mercados globais. A recente retaliação da China contra restrições dos EUA à tecnologia de chips de inteligência artificial elevou a tensão diplomática entre as duas potências, ameaçando a trégua comercial temporária firmada anteriormente.
Ao mesmo tempo, declarações do Federal Reserve indicam que o aumento das tarifas pode prolongar a inflação e adiar cortes nas taxas de juros, alimentando o temor de um ambiente de “juros altos por mais tempo” — o que pode limitar o apetite por ativos de risco, incluindo criptomoedas.