Bitcoin vs Ouro

Bitcoin humilha ouro e prova seu valor, disparando na semana

O Bitcoin está voando alto, chegando perto dos US$ 90 mil! A criptomoeda mostra força e se descola das ações de tecnologia, agindo mais como o ouro em tempos de incerteza econômica global, turbinada por ações de Trump. Investidores voltam a apostar no BTC.

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Bitcoin Cripto
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A maior e mais conhecida criptomoeda do planeta atingiu seu nível de preço mais alto desde o início de março, acendendo um forte otimismo no mercado. A grande conversa do momento é que o BTC pode estar finalmente quebrando sua antiga ligação com as ações de tecnologia dos Estados Unidos, como as gigantes da Nasdaq. Até então, era comum ver o Bitcoin subir ou descer acompanhando esses papéis.

Essa mudança de comportamento chama a atenção. Após um período de baixa, influenciado pela venda geral de ativos de risco que se seguiu ao anúncio de novas tarifas comerciais pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o Bitcoin deu a volta por cima. Desde sua mínima em 7 de abril, a criptomoeda acumulou uma valorização impressionante de quase 20%. No momento da escrita, era negociada perto da marca dos US$ 90.000, mostrando uma recuperação robusta.

Com essa arrancada, o Bitcoin começou a ter um desempenho mais parecido com o do ouro. O metal precioso tem sido o queridinho dos investidores que buscam segurança em meio à instabilidade causada pelas incertezas sobre as tarifas e a economia global. Esse fenômeno, chamado de “desacoplamento” dos ativos americanos, onde o Bitcoin segue um caminho diferente das ações dos EUA (em parte ajudado pela queda do dólar), traz um certo alívio para quem aposta nas criptomoedas. Muitos esperavam uma forte alta do BTC com o retorno de Trump à Casa Branca, mas os primeiros três meses não entregaram a recuperação esperada – até agora.

Vale lembrar que, mesmo com a alta recente, o Bitcoin ainda está abaixo do nível em que estava quando Trump iniciou seu atual mandato. No entanto, a dinâmica parece estar mudando. As críticas de Trump na semana passada ao presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Jerome Powell, a quem acusa de demorar para cortar as taxas de juros, adicionaram mais uma camada de preocupação aos mercados. Isso alimentou a narrativa de que a era do “excepcionalismo” dos EUA, que por muito tempo impulsionou as bolsas de valores, pode estar chegando ao fim.

É nesse cenário que a tese do Bitcoin como reserva de valor ganha força. Augustine Fan, sócio da plataforma de negociação SignalPlus, aponta: “Uma das possíveis ramificações da dissociação dos EUA é uma revisão do argumento de que o bitcoin pode se valorizar no longo prazo como reserva de valor”. Ele complementa: “Temos criticado o bitcoin como um proxy alavancado da Nasdaq no ano passado, mas ele finalmente começou a mostrar alguns sinais de dissociação.” Ou seja, antes visto como um investimento que seguia a Nasdaq, mas com mais intensidade, agora o BTC parece trilhar seu próprio caminho.

Enquanto o Bitcoin subia (chegando a registrar alta de 2,9% na terça-feira), outros mercados também se movimentavam. O dólar americano mostrava uma leve recuperação após ter caído para seu nível mais baixo desde o fim de 2023. O ouro, por sua vez, fez história ao ultrapassar os US$ 3.500 por onça (cerca de 28,3 gramas) pela primeira vez, embora tenha devolvido parte dos ganhos depois. Já o índice Nasdaq 100, pesado em tecnologia, dava sinais de recuperação após uma queda no dia anterior.

A comparação com o ouro é vista como chave. “Se o bitcoin continuar a ser negociado mais como ouro do que como uma ação de tecnologia, a narrativa de dissociação ganhará força”, afirma Richard Galvin, cofundador do fundo de criptoativos DACM.

Outro sinal que anima os investidores de Bitcoin vem dos fundos negociados em bolsa (ETFs) focados na criptomoeda. Na segunda-feira, os ETFs de bitcoin listados nos EUA registraram entradas líquidas de US$ 381 milhões, o maior fluxo positivo diário desde 30 de janeiro. Isso indica um interesse renovado, especialmente por parte de investidores institucionais.

Olhando para o gráfico, analistas técnicos também veem potencial. Segundo Riya Sehgal, da Delta Exchange, se o Bitcoin conseguir se firmar acima do nível de US$ 88.800, isso poderia abrir as portas para novas altas, com alvos potenciais na faixa de US$ 92.000 a US$ 94.000.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.