Apesar da pouca idade o Bitcoin tem se mostrado bastante resiliente e de acordo com o JPMorgan Chase & Co., sua recuperação perante a recente crise foi positiva.
Em março, o Bitcoin e todo o mercado financeiro sofreu com a pandemia de coronavírus e com as medidas de isolamento social adotadas em todo o mundo. Causando um verdadeiro panic sell no mercado. Porém de acordo com o JP Morgan o Bitcoin fez seu primeiro teste de estresse e se mostrou um ativo permanente.
De acordo com os analistas Joshua Younger e Nikolaos Panigirtzoglou, as criptomoedas sobreviveram a loucura de março. Mostrando “longevidade como uma classe de ativos”. Porém, para eles, “a ação dos preços aponta o ativo mais como veículo de especulação do que como meio de troca ou reserva de valor”.
Na verdade, o Bitcoin parece ter sido correlacionado com ativos mais arriscados, como ações, disseram os estrategistas do JPMorgan.
Foi justamente dessa maneira que a criptomoeda se comportou ontem. Quando caiu mais de 7% em meio à pior queda do S&P 500 dos últimos 3 meses. Atualmente a primeira criptomoeda já recuperou cerca de um terço da queda de ontem e está sendo negocianda em torno dos US $ 9.400. De fato a criptomoeda conseguiu recuperar cerca de 75% desde a super desvalorização de março.
Segundo os analistas do JP Morgan, o crash de março foi o primeiro teste de estresse do Bitcoin, destacando que a existência relativamente recente do ativo o impediu de sofrer retrações anteriores. De fato o preço do Bitcoin mostrou bastante volatilidade, as classes de ativos mais tradicionais, também sofreram.
Pontos positivos do teste de stress
No pior momento de março, o preço da criptomoeda se comportou de maneira semelhante aos ativos tradicionais. Além disso, houve poucos sinais de fuga da liquidez dentro do mercado de criptomoedas.
“Isso sugere que há pouca evidência de dinâmica de execução. Ou mesmo de níveis de qualidade material entre as criptomoedas, mesmo durante a crise em março”. Disseram eles.
Dessa forma, a estrutura de mercado do Bitcoin acabou sendo mais resistente. Quando comparado com moedas, ações, títulos do tesouro e ouro. Disseram os dois analistas do JP Morgan. Para mensurar isso, os estrategistas analisaram a liquidez, ou o spread da oferta de compra da carteira de pedidos. Que está diretamente relacionado à volatilidade.
Quando a carteira de pedidos diminui, uma determinada transação pode resultar em uma mudança de preço maior, e vice-versa. Embora o Bitcoin tenha passado por uma das mais graves quedas de liquidez no pico da crise, essa ruptura se desenrolou muito mais rapidamente do que em outras classes de ativos.