
Nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, o Bitcoin inicia a semana sendo negociado a US$ 96.412, apresentando uma leve queda de 0,8% nas últimas 24 horas, conforme os dados do CoinMarketCap. A movimentação do setor de criptomoedas nos últimos dias foi considerável, somando quase US$ 95 bilhões. Apesar de ainda estar com um valor superior a US$ 96 mil, os especialistas alertam para a pressão de venda, que pode levar a correções mais significativas.
Nos últimos trinta dias, a maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin, registrou uma queda de mais de 6,7%. Ana de Mattos, analista técnica da Ripio, comentou sobre o atual cenário: “O bitcoin parece estar retornando para dentro do canal secundário de baixa.” Ela observa que, em gráficos de tempo menores, a pressão de venda parece estar aumentando, o que pode indicar que, no curto prazo, o preço poderá corrigir até os suportes nas zonas de US$ 94.600 e US$ 92.700.
No entanto, a especialista também sugere que, se houver uma nova força compradora, o cenário poderia mudar. Os potenciais alvos de resistência no futuro seriam os níveis de preço de US$ 102.200 e US$ 104.645.
Um Caos Global e Oportunidades no Bitcoin
Executivos da Bitwise, uma das destacadas gestoras de ativos digitais, foram enfáticos em dizer que, apesar das incertezas, o Bitcoin representa uma “oportunidade geracional.” Jeff Park, chefe de estratégias alfa da Bitwise, afirma que “o mundo está literalmente à beira do caos máximo.” A combinação de fatores como a ameaça de mudanças significativas nas políticas comerciais pelo governo Trump e a expectativa de que os bancos centrais continuem a injetar capital nos mercados intensificam a percepção de que o Bitcoin pode ser um refúgio seguro.
Em sua análise, Park mencionou o recente plano orçamentário da Câmara dos Deputados, que propôs aumentar o teto da dívida em US$ 4 trilhões para aumentar os gastos públicos. Essa situação, somada a tendências de desglobalização e as prováveis novas tarifas comerciais, cria um ambiente incerto para os investidores.
Mudanças no Apoio Financeiro
Park assinalou também o que chamou de “máxima loucura” prestes a acontecer nos mercados, citando um potencial risco de corrida ao ouro e os cortes de impostos que o Partido Republicano pode implementar, além do controle da curva de rendimento estimado (YCC). Essa estratégia visa ajustar as taxas de juros a longo prazo para estimular empréstimos e investimentos, sendo uma maneira de atrair investidores em tempos de incertezas.
Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tem sido cauteloso quanto a cortes nas taxas de juros, afirmando que a economia dos EUA continua “forte”. Ele declarou que o banco não precisa apressar ajustes nas taxas, reforçando a percepção de estabilidade.
Expectativas Otimistas para o Bitcoin
Hunter Horsley, CEO da Bitwise, expressou sua otimista visão sobre o Bitcoin, afirmando que as pessoas podem estar subestimando os saltos significativos que a criptomoeda pode dar para se tornar mainstream este ano. Ele acredita firmemente nas oportunidades que o Bitcoin apresenta, especialmente considerando que o percentual de volatilidade implícita do BTC está no nível mais baixo do ano.
Atualmente, o índice de volatilidade do Bitcoin está em 50,90, em comparação à sua máxima anual de 71,28, com um percentil de volatilidade implícita em 12,3, segundo dados da Deribit. Essa volatilidade menor pode ser vista como uma oportunidade, conforme destacado por Park, que acredita que os investidores não devem deixar essa chance passar.
O Panorama Atual e as Projeções Futuras
No panorama atual, o Bitcoin está experimentando uma leve queda de mais de 1,5% nas últimas 24 horas, sendo negociado a pouco mais de US$ 96.000. Até agora, em 2024, a criptomoeda tem sido negociada entre US$ 90.000 e US$ 100.000, chegando a um pico de US$ 108.786 no final do mês passado, durante a posse de Donald Trump.
Para completar o cenário, o Índice de Medo e Ganância Cripto mostra que o sentimento no mercado está “Neutro”, com uma pontuação de 51 de um total de 100, o que indica uma melhora em relação ao nível de medo da semana passada, embora inferior ao sentimento mais otimista observado no mês anterior.
Essa combinação de dados e opiniões indica que, mesmo em um ambiente cheio de incertezas, o Bitcoin ainda mantém seu apelo tanto para investidores quanto para analistas que observam o mercado de forma crítica.