A Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciou o seu programa de recompra de até 4,48 milhões de ações. Ou seja, equivalentes a 2,5% dos papéis em circulação da companhia.
Assim sendo, o programa tem como objetivo aplicar recursos disponíveis para maximizar a geração de valor para os acionistas. Isto é, uma vez que, na visão da administração da Blau, o valor atual das suas ações não reflete o valor real dos seus ativos e a perspectiva de rentabilidade e geração de resultados.
Desse modo, a companhia possui um montante de R$ 300,2 milhões em reservas de lucros como recursos disponíveis para o programa de recompra.
Nesse sentido, as ações adquiridas no processo serão mantidas em tesouraria.
Ademais, o prazo para a realização das aquisições é até 4 de dezembro de 2023.
Logo, as instituições responsáveis pelo processo da Blau serão as corretoras Itaú, BTG Pactual, Credit Suisse, J. P. Morgan, Goldman Sachs e XP Investimentos.
Blau Farmacêutica (BLAU3) vê lucro líquido cair 29%, para R$ 61 milhões, com falta de suprimentos
A Blau Farmacêutica (BLAU3) registrou lucros de R$ 61 milhões de forma líquida no primeiro trimestre de 2022. Isto é, queda de 29% frente aos R$ 83 milhões registrados no mesmo período de 2021.
Assim sendo, a queda do lucro líquido se de forma paralela ao recuo de 4% da receita, que foi de R$ 313 milhões.
“No primeiro trimestre deste ano registramos uma venda de imunoglobulina 80% inferior ao ao mesmo intervalo do ano passado, em função da falta de suprimentos”,
justificou a companhia
De acordo com a Blau, se não fosse pela falta de suprimentos, a receita líquida da companhia teria avançado 13,4% na base anual.
Além da queda da receita líquida, a farmacêutica viu também seus custos avançarem. Isto é, chegando a 48,5% da receita – frente 47,6% entre janeiro e março do ano passado.
Desse modo, a alta se deu por conta do diferente mix vendido bem como pela importação de IFAs.
Mais dados sobre o resultado da Blau
Assim sendo, as despesas operacionais avançaram 16,4% na mesma comparação. Isto é, ficando em R$ 51,3 milhões, sendo R$ 15 milhões com vendas, R$ 26 milhões gastos gerais e administrativos e R$ 11 milhões com pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I).
Desse modo, os gastos gerais e administrativos foram os que mais subiram, com 8,4% de alta.
Com isso, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, recuou 2,5%. Isto é, para 36,8%. Logo, o Ebitda totalizou R$ 115 milhões entre janeiro e março últimos, queda de 36,8%.