Enquanto as bolsas americanas iniciam o ano em alta, renovando suas máximas históricas, a China, segunda maior economia do mundo, enfrenta um cenário oposto e preocupante. Os principais índices do mercado acionário chinês, como o CSI 300 de Xangai e o Hang Seng de Hong Kong, continuam em uma trajetória descendente acentuada, marcando um contraste dramático com os mercados globais.
O CSI 300 já acumula quatro anos consecutivos de quedas, com uma perda acumulada de 4,6% somente neste ano. Desde seu pico em fevereiro de 2021, o índice despencou mais de 40%. No Hang Seng, a situação é semelhante, com uma desvalorização que se aproxima dos 50% nos últimos três anos.
Este cenário negativo gera especulações de que Beijing possa intervir no mercado com medidas de socorro financeiro. Conforme reportado pela Bloomberg, as autoridades chinesas consideram criar um fundo de estabilização de 2 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 278 bilhões). Essa intervenção incluiria a compra de ações utilizando recursos remetidos do exterior, uma estratégia já aparentemente em andamento, segundo o Wall Street Journal. Empresas estatais chinesas, incluindo seguradoras, fundos de pensão e o fundo soberano do país, estariam ativamente comprando ações no mercado.
Em 2023, Xangai e Hong Kong registraram os piores desempenhos entre os principais mercados globais, com uma perda de valor acumulada desde 2021 superior a US$ 6 trilhões. Essa queda expressiva resultou na compressão dos múltiplos: enquanto o MSCI China era negociado a uma média de 12,5 vezes lucro nos últimos dez anos, hoje está em 9,3 vezes. Em contraste, o múltiplo do MSCI World Developed Markets (excluindo China e outros mercados emergentes) aumentou de 18 vezes para 19,3 vezes no mesmo período. O Brasil é o único país com um múltiplo mais comprimido do que a China, com o MSCI Brazil (EWZ) caindo de 12,7 vezes lucro para 7,9 vezes.
A despeito das ações chinesas estarem baratas, os investidores permanecem cautelosos. Leonardo Otero, da Arbor Capital, uma gestora especializada em equities globais, aponta que as intervenções governamentais nas grandes empresas de tecnologia chinesas, como Alibaba, Tencent e JD.com, incutiram medo nos investidores. Segundo Otero, há uma percepção de risco elevado ao investir na China, similar ao observado na Rússia. Como muitas empresas chinesas não distribuem dividendos significativos, o retorno para os investidores depende do valor futuro das ações, e com a instabilidade regulatória e política, esse futuro parece incerto.
As Melhores BDRs para Comprar em 2024: Um Olhar nas Gigantes da Tecnologia
Está pensando em investir em BDRs em 2024? O mercado acionário de 2023 foi dominado pelas “Magnificent Seven” – um grupo composto por Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla. Essas gigantes da tecnologia não só lideraram o índice S&P 500 com ganhos notáveis, mas também moldaram as tendências de investimento para o ano seguinte.
Até meados de julho, essas empresas viram suas ações aumentarem quase 100%, impulsionadas por inovações em Inteligência Artificial (IA) e computação em nuvem. A Apple, atingindo um valor de mercado impressionante de mais de US$ 3 bilhões, se destacou como a empresa de maior valor do mundo. Microsoft e Amazon também não ficaram atrás, com focos estratégicos em IA e serviços em nuvem, demonstrando um crescimento robusto.
Nvidia, a líder em IA, registrou um aumento significativo de receita, enquanto Alphabet e Meta continuaram a expandir suas operações, fortalecendo ainda mais sua influência no mercado global. E não podemos esquecer da Tesla, a pioneira em veículos elétricos, que apesar dos desafios no setor, mostrou um crescimento notável.
Para aqueles interessados em investir nessas líderes do mercado, confira os tickers de BDR das “Magnificent Seven”: Apple: AAPL34, Microsoft: MSFT34, Amazon: AMZO34, Nvidia: NVDC34, Alphabet: GOGL34, Meta: META34, Tesla: TSLA34.
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