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Bradespar lidera ranking positivo; Via tem maior queda após precificação de ação

Foto/Reprodução GDI
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Ações ligadas a commodities sobem com estímulos chineses, enquanto Via tem forte queda após precificação de ação.

No pregão desta quinta-feira, o mercado acionário brasileiro, representado pelo Ibovespa, teve um dia marcado por movimentações distintas. Os papéis vinculados ao setor de commodities destacaram-se com ganhos significativos, impulsionados pela valorização do minério de ferro e do petróleo, graças aos estímulos econômicos implementados pela China.

As ações da Vale (#VALE3), que foram reafirmadas como as favoritas no setor de mineração e siderurgia pelo JPMorgan, avançaram 4,10%, cotadas a R$ 70,12. A CSN (#CSNA3) registrou um aumento de 3,65%, alcançando R$ 12,49, enquanto a CMIN (#CMIN3) teve um ganho de 3,26%, atingindo R$ 4,43. A Bradespar (#BRAP4), acionista da Vale, liderou os ganhos do dia, com uma valorização de 5,17%, fechando a R$ 23,61, impulsionada também pela recomendação de compra do JPMorgan.

Outros destaques positivos incluíram as ações da CCR (#RECV3), que subiram 3,06%, a R$ 22,24, e da Petrobras (#PETR3), que ganharam 2,94%, cotadas a R$ 37,45. As ações preferenciais da Petrobras (#PETR4) também avançaram, com um aumento de 2,54%, chegando a R$ 33,87.

Por outro lado, os principais bancos tiveram um fechamento misto. O Banco do Brasil (#BBAS3) registrou um aumento de 0,28%, atingindo R$ 47,39, enquanto o Bradesco (#BBDC3) e o Bradesco (#BBDC4) tiveram pequenas elevações de 0,38% e 0,40%, respectivamente. No campo negativo, o Santander (#SANB11) caiu 0,18%, a R$ 27,00, e o Itaú (#ITUB4) recuou 0,40%, cotado a R$ 27,64.

A Via (#VIIA3) liderou as perdas do dia, com uma queda de 18,92%, fechando a R$ 0,90, após a empresa ter definido o preço de R$ 0,80 por ação em sua oferta subsequente, movimentando R$ 622,919 milhões. Também figuraram no ranking negativo as ações da Azul (#AZUL4), que caíram 4,31% a R$ 13,10, da Pão de Açúcar (#PCAR3), com uma diminuição de 3,17% a R$ 4,58, e da Gol (#GOLL4), com uma queda de 3,09% a R$ 6,59.

Mercado cambial reage ao corte de compulsório bancário chinês e à expectativa de política monetária no BCE e no Fed

Já o mercado cambial teve um dia agitado com o dólar americano caindo abaixo do nível de R$ 4,90 em relação ao real brasileiro. O principal catalisador desse movimento foi o corte na taxa de compulsório bancário da China, uma medida que injetou otimismo nos mercados globais.

Esse corte impulsionou os preços das commodities, o que, por sua vez, fortaleceu as moedas de países produtores, incluindo o real brasileiro.

Embora os indicadores econômicos dos Estados Unidos tenham apresentado resultados sólidos, como a inflação ao produtor (PPI) e as vendas no varejo, que superaram as expectativas, o mercado permaneceu convicto de que o Federal Reserve (Fed) não tomará medidas imediatas para aumentar as taxas de juros.

Em vez disso, o consenso é que o Fed optará por prolongar o período de taxas elevadas para conter a inflação e facilitar uma transição econômica mais suave.

No cenário europeu, o Banco Central Europeu (BCE) surpreendeu os mercados ao aumentar as taxas de juros em 25 pontos-base, indicando uma postura mais rígida em relação à política monetária. Isso resultou em uma valorização do dólar em relação ao euro, que atingiu seu menor valor desde março.

No encerramento das negociações, o dólar à vista fechou em baixa de 0,91%, sendo cotado a R$ 4,8727, após flutuar entre R$ 4,8628 e R$ 4,9217. No mercado futuro, o dólar para outubro registrou uma redução de 0,85%, a R$ 4,8855. Enquanto isso, o índice DXY do dólar americano avançou 0,58%, atingindo 105,370 pontos. O euro, por sua vez, sofreu uma queda de 0,80%, sendo cotado a US$ 1,0644, e a libra esterlina recuou 0,66%, alcançando US$ 1,2408.