
- Brasil atingiu 4,763 milhões de boed em maio, maior volume da história, com alta de 1,5% no mês.
- Pré-sal representou 79,8% da produção nacional, com 3,803 milhões de boed e crescimento anual de 14,8%.
- Petrobras caiu 0,6%, mas Shell e outras empresas privadas compensaram, mantendo a trajetória de alta.
O Brasil registrou um novo recorde na produção de petróleo e gás natural em maio de 2025. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume total chegou a 4,763 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), o maior da série histórica.
Sendo assim, a marca representa um crescimento de 1,5% em relação a abril. O destaque foi a produção no pré-sal, que também quebrou recorde, respondendo por quase 80% da produção nacional. No entanto, apesar do avanço geral, a Petrobras registrou leve queda de 0,6% em sua produção total.
Produção do pré-sal dispara e puxa novo avanço histórico
O principal motor do crescimento foi a produção no pré-sal, que chegou a 3,803 milhões de boed em maio. O número representa um salto de 1,8% em relação ao mês anterior e 14,8% a mais do que o registrado em maio de 2024.
Além disso, os 163 poços ativos no pré-sal responderam por 79,8% de toda a produção nacional. Isoladamente, a extração de petróleo na região foi de 2,943 milhões de barris por dia (bpd), enquanto a de gás natural alcançou 136,75 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d).
Desse modo, esse desempenho reforça a importância crescente do pré-sal na matriz energética brasileira. A ANP avalia que a continuidade dos investimentos na região deve manter o ritmo de expansão ao longo do segundo semestre.
Petrobras recua, mas mercado compensa
Apesar do novo recorde geral, a Petrobras registrou leve retração de 0,6% na comparação com abril. A estatal fechou o mês com produção de 2,905 milhões de boed, sendo 2,214 milhões de bpd em petróleo e 109,7 milhões de m³/d em gás natural.
Ademais, o recuo da Petrobras, no entanto, foi compensado pelo desempenho de outras empresas. A Shell, segunda maior produtora do país, teve produção média de 530 mil boed, divididos entre 399,9 mil bpd de petróleo e 20,7 milhões de m³/d de gás.
Com isso, o mercado mostra sinais de diversificação, e a ampliação da presença de empresas privadas contribui para a manutenção da alta capacidade produtiva nacional.
Petróleo avança e gás natural acompanha tendência
No cenário consolidado, a produção brasileira de petróleo em maio foi de 3,679 milhões de barris por dia, enquanto a de gás natural somou 172,3 milhões de metros cúbicos diários. Ambas as marcas também representam recordes mensais históricos, segundo a ANP.
Além disso, a maior oferta pode ajudar a equilibrar o mercado interno de combustíveis, ainda que o impacto nos preços dependa de outros fatores, como câmbio e demanda global. Analistas veem com otimismo o ritmo atual, especialmente pela estabilidade operacional registrada nos campos do pré-sal.
Portanto, com a expansão contínua, o Brasil consolida sua posição como um dos principais players globais no setor de energia. Para especialistas, a meta é sustentar esse patamar com foco em eficiência e novas tecnologias de exploração.