Os investimentos brasileiros em fundos de criptomoedas totalizaram US$ 21,9 milhões (R$ 132 milhões) em entradas líquidas na semana encerrada em 10 de janeiro, segundo relatório da CoinShares.
O fluxo global, no entanto, foi tímido, com entrada líquida de apenas US$ 48 milhões. Este valor representa uma reversão significativa, considerando que na primeira metade da semana houve entrada de US$ 1 bilhão, seguida por saques de US$ 940 milhões na segunda metade. Essa mudança de cenário ocorreu após a divulgação de dados econômicos robustos nos EUA, que reacenderam o alerta da inflação e geraram cautela entre os investidores em relação ao futuro governo Trump.
Além do Brasil, EUA, Canadá e Austrália registraram entradas líquidas de US$ 79 milhões, US$ 37,1 milhões e US$ 10,3 milhões, respectivamente. Por outro lado, Suíça, Hong Kong e Suécia apresentaram saídas líquidas de US$ 85,3 milhões, US$ 36,6 milhões e US$ 33,2 milhões, respectivamente.
Movimento dos Criptoativos
O Ether liderou as saídas líquidas, com US$ 255,6 milhões. Em contrapartida, Bitcoin, XRP, cestas multiativos e Solana registraram as principais entradas líquidas, com US$ 214 milhões, US$ 41,2 milhões, US$ 23,1 milhões e US$ 15 milhões, respectivamente. Altcoins como Aave, Stellar e Polkadot também apresentaram entradas líquidas, embora em volumes menores.
Os ETFs da BlackRock lideraram as compras, com entradas líquidas de US$ 622 milhões. Fidelity Ethereum Fund, ARK 21 Shares Bitcoin ETF e Bitwise Bitcoin ETF registraram os maiores volumes de saques.
O total global de ativos sob gestão (AuM) em fundos de criptomoedas fechou a semana em US$ 153,19 bilhões. O Brasil manteve a sexta posição, com US$ 1,37 bilhão em investimentos.
Na semana anterior, a CoinShares reportou que os investimentos brasileiros em fundos de criptomoedas atingiram R$ 1,4 bilhão em 2024. A semana atual, no entanto, foi marcada por cautela e volatilidade, refletindo as incertezas do mercado em relação ao cenário macroeconômico e às políticas do futuro governo Trump.