
O país se consolidou como a principal potência cripto da América Latina, com impressionantes 26 milhões de usuários de ativos digitais. Isso significa que 11,81% da população brasileira já está envolvida com moedas digitais, representando 43% de todos os usuários da região. Esse sucesso coloca o Brasil como o sexto maior mercado global de criptomoedas.
Mas não é só isso! O Brasil também é um celeiro de fintechs cripto, abrigando 58,7% das empresas do setor na América Latina. São mais de 1.500 empresas especializadas em emissão, corretagem, pagamentos e infraestrutura, mostrando a força do ecossistema brasileiro.
Regras Claras, Mercado Forte: O Segredo do Sucesso?
O que está por trás desse boom cripto no Brasil? Um dos principais fatores é a regulamentação favorável, como a Lei 14.478/22. Além disso, órgãos como o Banco Central do Brasil (BCB) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm promovido a inovação por meio de sandboxes regulatórios (ambientes de testes para novas tecnologias) e hackathons (maratonas de programação).
Segundo a Nearx Innovation School, esse ambiente regulatório atrai investimentos internacionais e impulsiona o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas no país.
Enquanto o Brasil se destaca na América Latina, o mercado global de blockchain vive um momento de expansão explosiva. A capitalização total do mercado atingiu US$ 3,7 trilhões, impulsionada pela valorização do Bitcoin, que recentemente ultrapassou a marca histórica de US$ 100 mil por unidade!
A América Latina, em particular, está em alta. A região já representa 9,1% da adoção global de criptoativos e é o segundo continente que mais cresce em adoção, segundo o relatório Global Crypto Adoption da Chainalysis. A expectativa é que o volume negociado na América do Sul supere US$ 7,8 trilhões até o final de 2024, um crescimento de mais de 100%, de acordo com dados da Coin Wire.
Telefônica (Vivo) Mergulha no Blockchain: Inovação em Foco!
Aproveitando essa onda de inovação, a Telefônica, controladora da Vivo no Brasil, tem investido pesado em soluções baseadas em blockchain. A empresa anunciou uma parceria com o mercado Wibson para testar uma plataforma que permite aos usuários venderem seus dados pessoais em troca de dinheiro, usando blockchain para garantir a segurança das informações. O projeto será testado inicialmente no Uruguai, mas a ideia é expandir para outros mercados.
A Telefônica não é novata no mundo do blockchain. Desde 2018, a empresa explora diversas aplicações da tecnologia, desde a emissão de dívidas públicas até o gerenciamento de chamadas internacionais, em parceria com a IBM.
No Brasil, a Telefônica já implementou soluções como o rastreamento da cadeia de suprimentos de roteadores e o investimento em startups que usam blockchain, 5G, IoT e Inteligência Artificial. Em parceria com a Fundação Celo, a empresa também promove a inclusão financeira por meio de transações online seguras e sustentáveis.
Recentemente, em janeiro de 2024, a Telefônica adotou a tecnologia blockchain da Helium Network para ampliar a cobertura móvel no México, buscando reduzir custos e melhorar a conectividade em áreas remotas.