Análise

Brasil não aguenta mais 2 anos de Lula, diz colunista da Forbes

Dólar em alta e juros elevados: a crise econômica brasileira acelera e exige respostas urgentes, alerta CEO da Forbes Brasil

Brasil não aguenta mais 2 anos de Lula, diz colunista da Forbes

A economia brasileira atravessa um momento crítico, com indicadores econômicos que refletem uma deterioração acelerada e alarmante, conforme análise do CEO da Forbes Brasil, Antonio Camarotti, em artigo de opinião publicado pela revista. Camarotti destaca que, na última terça-feira (17), o dólar atingiu a marca histórica de R$ 6,207, o maior valor desde o início do Plano Real. Esse aumento, que representa uma desvalorização de 28,2% do real em 2024, é um reflexo direto da perda de confiança dos investidores e da falta de clareza nas políticas econômicas do país.

A elevação do dólar, segundo o CEO da Forbes Brasil, é apenas um dos indicadores que refletem um quadro de instabilidade crescente. A taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, também é um reflexo dessa pressão. Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar os juros em 1,00 ponto percentual, e as projeções indicam mais duas altas de igual magnitude nos primeiros meses de 2025. Essa política de juros altos tem o efeito direto de encarecer o crédito, impactando negativamente o consumo e o investimento no Brasil e agravando a recessão que já afeta a economia do país.

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, se mantém acima das metas estabelecidas pelo Banco Central. Segundo o Relatório Focus, divulgado em 16 de dezembro, a inflação de 2024 deve fechar em 4,89%, ultrapassando o teto da meta de 4,50%. Para 2025, a expectativa é de 4,60%, mantendo-se acima da meta. Esse cenário de inflação elevada tem corroído o poder de compra das famílias brasileiras, com um impacto mais acentuado sobre as camadas mais pobres, que enfrentam dificuldades crescentes para arcar com o aumento do custo de vida, especialmente no que se refere aos bens essenciais.

Embora a taxa de desemprego tenha atingido 6,2% em outubro, a menor marca da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Camarotti aponta que essa queda não reflete uma recuperação plena do mercado de trabalho. O Brasil, ainda segundo o CEO da Forbes Brasil, enfrenta elevados índices de informalidade e empregos precários, com grande parte da população empregada em postos de trabalho com salários insuficientes para cobrir o custo de vida crescente.

As projeções para a Selic em 2025 indicam uma tendência de juros mais altos, o que sugere que a crise econômica brasileira pode se prolongar por mais tempo. Em janeiro de 2024, a expectativa era de que a Selic ficasse em 9,00% até dezembro, mas a realidade é bem diferente, com a taxa atingindo 12,25%. As previsões para o final de 2025 indicam uma Selic de 14%, com possibilidade de novos aumentos, o que coloca ainda mais pressão sobre a economia.

Em meio a esse cenário de crise, o CEO da Forbes Brasil lamenta o silêncio das entidades que deveriam estar cobrando ações urgentes do governo e das instituições. Associações empresariais, sindicatos e a sociedade civil parecem não reagir com a intensidade necessária diante da gravidade da situação. Camarotti observa que tanto o Congresso Nacional quanto o Executivo mantêm uma postura reativa, enquanto o Brasil necessita de medidas estruturais e corajosas para reverter essa trajetória de deterioração.

Com as expectativas econômicas se deteriorando rapidamente, Camarotti destaca que o Brasil não pode esperar mais dois anos de inércia. O país, segundo ele, precisa de um plano econômico robusto e transparente, capaz de restaurar a confiança e reverter a trajetória atual. O governo federal deve agir com responsabilidade, e a sociedade precisa abandonar a complacência, exigindo mudanças reais. O tempo está se esgotando, e a omissão diante dessa crise será sentida por todos, alertou o CEO da Forbes Brasil, destacando que o momento exige uma reação imediata e enérgica.