Papéis da Braskem saltam 15% com proposta da Adnoc; Minerva lidera quedas após resultado trimestral fraco.
O mercado financeiro brasileiro registrou movimentos notáveis nesta quinta-feira, com os papéis da Braskem (#BRKM5) liderando os ganhos, avançando incríveis 15,62% e atingindo o valor de R$ 19,98 por ação. Essa impressionante alta foi motivada pela nova proposta apresentada pela Adnoc, empresa de Abu Dhabi, pela participação da Novonor na petroquímica Braskem. Os investidores reagiram positivamente a essa notícia e ignoraram o prejuízo de R$ 2,418 bilhões relatado pela Braskem no terceiro trimestre.
No ranking das maiores altas, a #SOMA3 subiu 6,54% (R$ 6,19) com o mercado reagindo favoravelmente ao balanço trimestral da empresa. Outro destaque positivo foi a #COGN3, que registrou um aumento de 3,82% (R$ 2,72) após reduzir seu prejuízo em 51,5% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a #BEEF3 liderou as perdas do dia, recuando 13,45% (R$ 6,82) devido aos números considerados fracos no trimestre. A #BHIA3 também teve uma queda significativa de 12,28%, chegando a R$ 0,50, reportando prejuízo. Além disso, a #RECV3 teve um declínio de 5,47% (R$ 19,17), apesar da recuperação dos preços do petróleo.
Enquanto isso, a Petrobras teve um desempenho positivo, com #PETR3 registrando um aumento de 2,12% (R$ 37,64) e #PETR4 subindo 2,08% (R$ 34,88), em resposta à notícia de que a diretoria da estatal propôs investir mais de US$ 100 bilhões no período de 2024 a 2028. A mineradora #VALE3 também teve um pequeno ganho de 0,48%, fechando a R$ 70,47.
No setor bancário, #BBAS3 se destacou negativamente, com uma queda de 4,18% (R$ 49,51), figurando entre as maiores baixas do Ibovespa, devido à avaliação negativa dos investidores em relação aos dados do terceiro trimestre. Enquanto isso, outros grandes bancos como #ITUB4 (+0,45%; R$ 29,24), #BBDC3 (+0,30%; R$ 13,48), #SANB11 (+0,27%; R$ 29,49) e #BBDC4 (+0,20%; R$ 15,26) tiveram movimentos mais moderados.
Declarações de Powell sobre política monetária dos EUA impulsionam o dólar
O mercado cambial testemunhou movimentos significativos nesta quinta-feira, com o dólar ganhando força em resposta às declarações do presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell. Powell surpreendeu os investidores ao indicar que o Fed ainda pode elevar as taxas de juros em futuras reuniões de política monetária. Isso marcou uma reviravolta nas expectativas do mercado, que havia antecipado que o fraco relatório de geração de empregos em outubro nos EUA encerraria o ciclo de aperto monetário.
Jerome Powell enfatizou que o processo de redução das taxas de juros para atingir a meta de inflação de 2% ainda tem um longo caminho a percorrer. Ele também afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) continuará a agir com cautela, avaliando os dados econômicos a cada reunião. No entanto, Powell destacou que, se for considerado apropriado apertar ainda mais a política monetária, o Fed não hesitará em fazê-lo.
No âmbito doméstico, o mercado brasileiro inicialmente reagiu positivamente com a notícia da aprovação da reforma tributária no Senado. O otimismo impulsionou uma queda no valor do dólar durante a manhã. No entanto, o cenário internacional e as declarações de Jerome Powell acabaram prevalecendo, levando o dólar à vista a fechar o dia com um aumento de 0,67%, atingindo a marca de R$ 4,9399.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em estável em 11,996%; o jan/25 subiu a 10,825% (de 10,786%); o jan/26, a 10,660% (de 10,579%). O jan/27, a 10,785% (de 10,699%); o jan/29, a 11,140% (de 11,067%). O jan/31 caiu a 11,340% (de 11,260%).