
- Nova data da assembleia; BRF e Marfrig votarão a fusão em 14 de julho, após adiamento da CVM.
- Criação da MBRF; A nova empresa terá R$ 152 bilhões em receita anual e atuação global.
- Decisão estratégica; A operação deve consolidar uma das maiores companhias de proteína animal do mundo.
A BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3), duas das maiores empresas brasileiras do setor de alimentos, remarcaram para o dia 14 de julho as assembleias de acionistas que vão decidir o futuro da fusão entre as companhias.
Inicialmente, a votação estava prevista para 18 de junho, mas foi adiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sendo assim, o órgão regulador solicitou informações adicionais sobre os detalhes da operação, o que postergou o processo de aprovação.
Criação da MBRF: um novo gigante das carnes
Caso a fusão seja aprovada, a Marfrig incorporará 100% das ações da BRF, dando origem à nova companhia MBRF. Assim, a empresa nasce com foco global no mercado de carnes e alimentos processados, operando com uma receita combinada de R$ 152 bilhões nos últimos 12 meses.
Além disso, a nova estrutura permitirá sinergias operacionais, redução de custos e maior presença em mercados internacionais. Então, a expectativa, segundo analistas, é que a MBRF se torne uma das maiores do mundo no segmento de proteína animal.
Ademais, a operação marca a consolidação de um movimento iniciado há anos, quando a Marfrig começou a ampliar sua participação acionária na BRF. Em suma, o plano agora é concluir a integração e consolidar a nova holding no cenário global.
Entenda o que está em jogo na assembleia
A aprovação da fusão depende dos votos dos acionistas das duas companhias. Eles precisarão avaliar os termos da incorporação, os impactos estratégicos e a relação de troca entre as ações.
Nesse sentido, por parte da CVM, o pedido de adiamento ocorreu para garantir maior transparência e segurança jurídica no processo. Aliás, isso é comum em transações de grande porte e visa proteger os interesses dos investidores minoritários.
Desse modo, a nova data oferece tempo extra para esclarecimentos e possível revisão de documentos. Portanto, até lá, investidores acompanham o desenrolar da negociação com atenção, já que a fusão pode mudar significativamente a dinâmica do setor.