Inovação a caminho

BYD lança carregador que promete 470 km de carga em 5 minutos

Nova tecnologia deixa os carros elétricos mais competitivos no mercado, reduzindo o tempo de recarga para o mesmo de um abastecimento comum

BYD lança carregador que promete 470 km de carga em 5 minutos
  • Nova tecnologia de carregamento trabalha com picos de 1.000 quilowatts
  • Após o anúncio, ações da BYD sobem em 4%
  • Fabricante promete instalar 4.000 novas estações de carregamento em toda a China

A empresa, líder global na fabricação de veículos elétricos, inovou ao apresentar um sistema de carregamento com capacidade de oferecer uma autonomia de 470 quilômetros em somente cinco minutos.

A tecnologia promete tornar o processo de recarga tão rápido quanto o abastecimento de veículos a combustão, transformando a experiência de usuários de carros elétricos.

Tecnologia avançada e alto desempenho

O novo sistema de bateria e carregamento da BYD, testado no modelo sedã Han L, alcançou resultados surpreendentes. Superando as capacidades atuais do mercado em cinco minutos, com uma autonomia de 470 quilômetros.

Por outro lado, a fabricante alcançou essa eficiência aprimorando uma tecnologia de carregamento que trabalha com picos de 1.000 quilowatts, superior aos super carregadores da Tesla, que chegam a 500 quilowatts. Essa diferença oferece aos consumidores uma alternativa mais prática e eficiente, colocando a BYD em uma posição de destaque no setor de veículos elétricos.

Efeito no mercado e resposta dos investidores

O mercado financeiro reagiu de maneira imediata ao anúncio dessa tecnologia. Registrando uma alta de 4% nas ações da BYD nesta terça-feira (18), alcançando um recorde histórico. Além disso, a valorização da empresa desde o início do ano chegou aos 51%, demonstrando o quanto os investidores confiam nas inovações e na estratégia de expansão da companhia.

Sendo assim, esse avanço tecnológico liga o sinal de alerta para concorrentes como a Tesla, que atualmente oferta carregadores capazes de adicionar 275 quilômetros de autonomia em 15 minutos.

De acordo com a CPCA, em dezembro de 2024, foi registrada uma demanda robusta por veículos, especialmente no segmento de carros elétricos e híbridos, impulsionada por subsídios agressivos do governo chinês.

A China, maior mercado de veículos elétricos do mundo, segue sendo um terreno competitivo, com as montadoras locais dominando as vendas.

Aumento dos pontos de recarga

Visando suportar essa tecnologia, a fabricante chinesa pretende instalar 4.000 novas estações de carregamento em toda a China. Apesar de não dar detalhes sobre o cronograma de implementação, a iniciativa mostra o compromisso da empresa em tornar a tecnologia acessível, partindo da melhoria na infraestrutura de suporte aos veículos elétricos.

Portanto, a ampliação da rede de carregamento é fundamental para atender à crescente demanda por veículos elétricos, garantindo que os usuários aproveitem plenamente as vantagens do novo sistema recarga ultrarrápida.

Referência no mercado e perspectivas

A BYD superou a Tesla em vendas globais, consolidando sua posição de liderança no mercado de veículos elétricos. Durante 2024, a empresa vendeu 530.000 unidades do modelo Seagull, seu principal destaque, além de alçar 1,8 milhões em vendas de veículos totalmente elétricos. Em comparação, a Tesla vendeu 920.000 carros no mesmo período, com 560.000 unidades do Model Y produzidas em sua fábrica de Xangai.

Por mais que a tecnologia de carregamento ultrarrápido represente um avanço significativo, a fabricante enfrenta desafios na implementação em larga escala. Além disso, a BYD precisa garantir que a nova tecnologia seja compatível com os padrões internacionais de segurança e eficiência energética, facilitando sua adesão.

Fábrica na Alemanha?

Em alta na Europa, a marca chinesa pretende expandir ainda mais sua atuação. No momento, a BYD possui duas bases em território europeu: uma em Szeged, na Hungria e outra na Turquia.

A produção em território alemão seria estratégica, evitando as taxas impostas pela UE. Além disso, é o país onde está situado o grupo Volkswagen, visto como um potencial parceiro de negócios.

No entanto, a expansão para o território alemão enfrentaria dificuldades, pois os custos de energia e mão de obra não são baixos. A notícia foi divulgada pela Reuters, que manteve o anonimato das fontes.

Luiz Fernando
Estudante de Jornalismo, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.