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Chuvas recentes levarão a uma inflação menor em 2022?

As recentes chuvas estão elevando o nível dos reservatórios do Brasil, contribuindo para uma inflação futura menor. Saiba mais.

imagem padrao gdi
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Após 5 anos consecutivos de queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste, as chuvas que caem desde outubro trazem certo alívio. Isto é, as chuvas que abrem 2022, além de trazer um crescimento de 14 pontos no nível dos reservatórios, podem levá-los ao nível de 2016, quando somou 44%.

Mas o fenômeno não se limita apenas ao Sudeste brasileiro, afinal, outras regiões também se beneficiam das chuvas. De acordo com Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), a La Niña é “uma senhora de palavra”, pois “entrega o que promete”. A fala se refere ao evento meteorológico que vem causando as chuvas no Norte do país. Dessa forma, a Eletronorte, por exemplo, informou que estava com 20 das 23 comportas da hidrelétrica de Tucuruí abertas. Além disso, informou que o nível do reservatório está em 68 metros, sendo o máximo permitido 74.

Portanto, um dos componentes que contribuíram fortemente para a inflação nos últimos meses, isto é, a energia elétrica, pode agora representar um alívio para o IPCA. Sem dúvida alguma, a tarifa de energia elétrica pressionou consideravelmente o índice ao longo de 2021. O motivo para isso foi justamente o baixo nível dos reservatórios graças a escassez de chuvas, impossibilitando a geração das hidrelétricas. Dessa forma, sem a principal fonte de geração do país, as companhias tiveram de recorrer a energia termelétrica, que possui um custo de geração maior.

Contudo, com a maior frequência de chuvas, as próximas leituras do IPCA podem trazer certo alívio. De acordo com Adriano Pires, o Governo agora possui espaço para deixar a cobrança da bandeira vermelha de lado – a partir de fevereiro. Vale lembrar, portanto, que a expectativa atual para o término de tal bandeira tarifária é abril.

Fonte: Brazil Journal