Ações da Cielo sobem 6,53%, enquanto Magazine Luiza recua 6,94% no Ibovespa.
O mercado financeiro teve um dia de movimentação destacada no Ibovespa, com a Cielo liderando em alta, registrando um ganho de 6,53% e sendo negociada a R$ 3,75. Analistas atribuem essa valorização a uma pressão compradora significativa por parte do Santander, destacando também que esse movimento ocorre em meio às discussões sobre uma proposta do Banco Central relacionada às tarifas pagas por empresas de maquininhas de cartão de crédito.
Em segundo lugar nas maiores valorizações, a ENGI11 avançou 3,27%, alcançando R$ 45,12, enquanto a CPLE6 subiu 2,97% e fechou a R$ 8,33. O desempenho positivo da CPLE6 foi impulsionado pelo anúncio de que o programa de demissão voluntária da empresa teve 1.437 adesões efetivadas, o que deve resultar em uma economia anual de R$ 428 milhões.
No entanto, o destaque negativo do dia foi o Magazine Luiza (MGLU3), que após liderar os maiores ganhos no dia anterior, encabeçou a lista de maiores perdas, com uma queda de 6,94% e sendo cotado a R$ 1,61. Além disso, CVCB3 registrou uma queda de 5,54%, a R$ 2,56, e GOLL4 caiu 4,97%, ficando em R$ 6,88.
Mesmo com o aumento nos preços das commodities, as ações das blue chips recuaram. VALE3 cedeu 1,44%, atingindo R$ 64,42, na mínima do dia, enquanto PETR3 teve uma queda de 0,72%, a R$ 41,26, e PETR4 registrou uma diminuição de 0,47%, cotado a R$ 38,34. Por outro lado, os principais bancos avançaram, com ITUB4 subindo 1,16%, SANB11 com um aumento de 1,13%, BBAS3 com alta de 0,77%, BBDC3 subindo 0,64% e BBDC4 com um acréscimo de 0,49%.
Powell sugere pausa nas altas de juros, e dólar mantém estabilidade
Após uma sessão de negociações volátil, o dólar norte-americano encerrou o dia próximo à estabilidade, com os investidores atentos às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Powell adotou uma abordagem equilibrada, observando que os juros poderiam continuar a subir caso houvesse evidências de que a economia dos Estados Unidos, apesar de sua força atual, estivesse colocando em risco o processo de desinflação.
“Estamos monitorando de perto os dados que indicam a força da economia e do mercado de trabalho”, afirmou Powell. Ele também reiterou a determinação do Fed em manter os juros em níveis restritivos até que a inflação se estabilize em sua meta de 2%.
No entanto, o presidente do banco central americano também deixou claro que o Fed agirá com prudência. Essa declaração foi interpretada pelo mercado como uma indicação de que poderia haver uma pausa nas futuras altas das taxas de juros, possivelmente já em novembro. Powell destacou que a recente elevação das taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA contribuiu para uma menor necessidade de aperto na política monetária.
No cenário doméstico, o dólar à vista refletiu a tendência global e fechou o dia com uma leve baixa de 0,03%, sendo cotado a R$ 5,0528, após oscilar entre R$ 5,0198 e R$ 5,0838. Enquanto isso, o dólar futuro para novembro mostrou uma queda de 0,10%, atingindo R$ 5,0650.
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, perdeu 0,34%, atingindo 106,201 pontos. O euro, por sua vez, teve um ganho de 0,45%, chegando a US$ 1,0584, enquanto a libra permaneceu praticamente estável, com um aumento mínimo de 0,01%, alcançando US$ 1,2143.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,160% (de 12,159%, ontem); o jan/25 subiu a 11,245% (de 11,073%); o jan/26, a 11,270% (de 10,961%). O jan/27, a 11,450% (de 11,123%); jan/29, a 11,790% (de 11,510%). O jan/31 subiu a 11,980% (de 11,723%)