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Colômbia pode usar poupanças privadas em projetos estatais

Gustavo Petro propõe usar um percentual da poupança da população para investimentos governamentais, gerando críticas.

Gustavo Petro
Gustavo Petro

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, gerou controvérsia ao propor uma medida que ele chama de “investimentos forçados” com a poupança da população, durante um evento público realizado na última semana. A proposta, que visa aquecer a economia colombiana, inclui a utilização de um percentual das economias depositadas nos bancos para investir em setores estratégicos do governo.

Segundo Petro, os recursos seriam direcionados para a indústria exportadora, melhorias habitacionais, novas habitações e para a economia popular. Ele argumenta que medidas similares já são aplicadas na agricultura e acredita que expandi-las para outros setores pode impulsionar o crescimento econômico do país.

“Quero que sejam aprovados no Congresso colombiano investimentos forçados, para a indústria exportadora, para a melhoria habitacional e novas habitações, e para a economia popular. Eles já existem para a agricultura,” declarou Petro em uma publicação no X (antigo Twitter).

Reações e Críticas da Oposição

A proposta rapidamente gerou reações negativas, especialmente da oposição política. A senadora María Fernanda Cabal criticou duramente a ideia, afirmando que o dinheiro da poupança pertence aos cidadãos e não ao governo. Em uma publicação que repercutiu amplamente, Cabal destacou os riscos de uma medida como essa e comparou a proposta ao confisco da poupança ocorrido no Brasil durante o Governo Collor.

“Tirar a poupança pública dos bancos? O dinheiro pertence aos poupadores, não ao caixa de um governo financeiramente irresponsável,” declarou a senadora, reiterando que a oposição está preparada para lutar contra a implementação da medida no Congresso colombiano.

Vale destacar que, em 2021, antes da chegada de Petro à presidência, um plano do antigo governo já havia considerado um confisco geral da poupança, o que reforça a desconfiança entre a população em relação a iniciativas desse tipo.

Mudança de Postura em Relação ao Bitcoin

Curiosamente, Gustavo Petro já havia manifestado publicamente apoio ao Bitcoin no passado. Em 2021, ele elogiou a decisão de El Salvador de adotar o Bitcoin em larga escala e sugeriu que a Colômbia deveria seguir o exemplo. Além disso, em 2017, Petro afirmou que o Bitcoin retira o poder de emissão dos estados e a senhoriagem das moedas dos bancos, fortalecendo a confiança nas transações.

“O Bitcoin retira o poder de emissão dos estados e a senhoriagem da moeda dos bancos. É uma moeda comunitária que se baseia na confiança de quem realiza transações com ela, pois é baseada no blockchain. A confiança é medida e cresce, daí sua força,” disse Petro na época.

No entanto, desde que assumiu a presidência, Petro não tomou medidas para promover o Bitcoin ou implementar projetos relacionados à criptomoeda na Colômbia. Sua atual proposta de “investimentos forçados” sugere que ele vê os bancos como um elo frágil no sistema financeiro colombiano, mas não há indícios de que ele esteja considerando o Bitcoin como parte de sua estratégia econômica.

Bitcoin hoje: Dados econômicos dos EUA movimentam o mercado cripto

Na manhã desta terça-feira, 13 de agosto de 2024, o Bitcoin (BTC), a principal criptomoeda do mercado, está cotado a R$ 323.719,07, registrando uma alta de 1%. Os investidores estão ligados na tentativa dos touros de romper o nível psicológico de US$ 60 mil, um marco importante para a recuperação do ativo. No entanto, o BTC ainda encontra dificuldades para superar essa resistência.

De acordo com André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin, o dia começou com o Bitcoin estacionado, sem grandes movimentações. Dados on-chain mostram que investidores de longo prazo (LTH) acumularam 17 mil BTCs, enquanto no Ethereum, 4 mil ETHs deixaram o staking. Nos ETFs de Bitcoin, houve uma entrada de US$ 27,8 milhões, enquanto nos ETFs de Ethereum, as entradas foram de US$ 5 milhões.

Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, observa que o mercado está consolidado, sem grandes variações, à espera de eventos econômicos importantes. Ele destaca que o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, a ser divulgado na quarta-feira, 09:30, será crucial para determinar a direção do mercado.

Segundo Pereira, um CPI acima do esperado e pedidos de seguro-desemprego abaixo do previsto poderiam impulsionar uma alta nas criptomoedas, enquanto um CPI abaixo do esperado e pedidos acima poderiam resultar em quedas.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que as oscilações do Bitcoin nesta segunda-feira refletem o sentimento misto dos investidores em relação ao momento atual do mercado. Ele ressalta que esses movimentos de incerteza são típicos em períodos que antecedem a divulgação de dados econômicos importantes, como o CPI e os pedidos de seguro-desemprego nos EUA.

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