Com a aversão ao risco dominando a sessão, o Ibovespa realizou nesta quinta-feira um de seus piores pregões no ano, e terminou a sessão com poucas ações em alta.
A valorização do dólar frente ao real beneficiou o desempenho dos ativos de empresas exportadoras, mas prejudicou as companhias com custos atrelados à moeda.
A queda do Ibovespa
O motivo da queda? Uma fuga geral de capital especulativo após a fala do presidente eleito Lula. O futuro presidente apresentou críticas ao teto de gastos e deixou o mercado ressabiado quanto ao compromisso do novo governo com a responsabilidade fiscal. A possível falta de responsabilidade com o fisco afugentou investidores, e fez o Ibovespa afundar.
A maior alta no índice ficou com CMIN3, que teve elevação de 2,77%, a R$ 4,08. Em seguida, SUZB3 avançou 2,29% (R$ 56,38) e VALE3 subiu 1,91%, a R$ 74,55.
Outros papéis que figuraram no campo positivo, com ganhos mais contidos, foram EMBR3 (+0,75%; R$ 13,45), KLBN11 (+0,71%; R$ 22,69) e GGBR4 (+0,14%; R$ 28,55).
Apesar da alta do petróleo, PETR3 baixou 1,23%, a R$ 29,69, e PETR4 cedeu 2,90%, a R$ 26,12, refletindo o risco político.
Grandes bancos tiveram forte queda, um dia após do BB apresentar resultados consistentes no 3TRI. SANB11 registrou -3,49% (R$ 28,19), BBDC3, -3,17% (R$ 12,85), BBDC4, -2,93% (R$ 14,90), BBAS3, -1,97% (R$ 36,33) e ITUB4, -1,88% (R$ 27,62).
Na liderança entre as maiores perdas do índice, AZUL4 despencou 17,83%, a R$ 12,49, afetada pelo câmbio e pelo balanço trimestral, no qual reportou prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão. Ainda se destacaram no terreno negativo YDUQ3, que baixou 13,92% (R$ 11,81) e HAPV3, que caiu 13,67% (R$ 6,38).