
- Expectativa de crise econômica cresce nos EUA
- Com inflação e alto custo de vida, confiança do consumidor diminui
- Investidores aguardam uma queda entre 20% e 50% antes de se posicionarem publicamente
A economia dos Estados Unidos enfrenta um período de instabilidades. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nesse mês de março, revelou que 92% dos CEOs americanos preveem uma crise econômica bem próxima.
Esse número representa um aumento drástico se comparado aos 10% registrados somente seis meses atrás.
A mudança no cenário aponta para um futuro econômico complicado, com previsões que impactam diretamente empresas e consumidores.
Precaução em pauta
Durante o evento Yale CEO Caucus, realizado neste mês, líderes de grandes companhias externaram um grande temor sobre o futuro da economia americana.
Desse modo, muitos demonstraram frustração com a política econômica do governo Trump, principalmente em relação às tarifas comerciais.
A guerra comercial com o Canadá e outros países tem afetado diretamente as redes de produção, tornando as perspectivas econômicas ainda mais pessimistas.
Além disso, esses líderes ressaltaram as incertezas globais, que aumentam o cenário de insegurança. Muitos afirmam que o risco de uma queda econômica é cada vez maior e que a falta de uma política sólida na economia gera um ambiente de incertezas.
Consumidor desconfiado
O impacto da recessão vai além dos empresários. A confiança do consumidor nos Estados Unidos também tem diminuído de maneira considerável.
Nesse sentido, uma pesquisa da Universidade de Michigan, também realizada em março desse ano, os números mostram uma queda na confiança dos usuários. Esse dado reflete o receio do consumidor em relação ao aumento da inflação, que, por sua vez, eleva o custo de vida. A expectativa de inflação para o próximo ano subiu para 4,9%, o maior índice desde 2022.
O aumento da inflação afeta justamente o poder de compra das famílias americanas. As altas nos preços de alimentos, combustíveis e outros itens essenciais forçam os consumidores a ajustar seus gastos, impactando negativamente o comércio e a economia na totalidade. O aumento dos custos de vida implica em uma pressão adicional sobre quem já enfrenta desafios financeiros.
Mercado e investidores
No mercado de ações, a recessão iminente também tem gerado reações cautelosas. Muitos CEOs acreditam que uma queda de pelo menos 20% nas bolsas de valores será necessária para o cenário econômico ser revisto de maneira mais crítica.
Conforme a pesquisa, 44% dos líderes empresariais afirmam que só irão se posicionar publicamente sobre a recessão após uma queda acentuada no mercado de ações. Outros 22% indicaram que suas reações dependerão de uma redução de 30%, e uma crise mais profunda, com uma queda de 50%, pode ser acelerar uma postura mais contundente.
Sendo assim, a expectativa de uma correção do mercado é um reflexo do medo generalizado entre investidores e executivos. A perspectiva de uma crise leva muitos a adotar um comportamento mais defensivo, evitando grandes investimentos e aguardando sinais mais claros de recuperação econômica.
Crise e incertezas
O futuro da economia dos Estados Unidos parece incerto. A combinação de uma previsão de crise, a queda na confiança do consumidor e a insatisfação crescente entre os líderes empresariais supões um cenário difícil nos próximos meses.
O governo e as autoridades econômicas terão que encontrar maneiras de enfrentar a crise de maneira eficaz. Caso contrário, a recessão poderá se aprofundar.
A provável crise pode afetar não somente a economia interna, mas também o mercado global. Se o cenário se concretizar, mudanças estruturais podem acontecer.
Portanto, as próximas decisões governamentais as reações do mercado serão cruciais para definir a extensão dessa crise econômica.