Javier Milei, presidente eleito da Argentina, anunciou planos de privatizar várias empresas estatais após sua posse em 10 de dezembro. Milei, conhecido por suas políticas liberais, afirmou que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará”. As primeiras empresas nomeadas para privatização incluem a petrolífera YPF, equivalente à Petrobras na Argentina, e quatro meios de comunicação: TV Pública, Radio Nacional e Telam.
A YPF, em particular, sofreu deterioração desde sua nacionalização sob Axel Kicillof, agora enfrenta um processo de reconstrução e valorização antes da venda.
Milei enfatiza a necessidade de racionalizar as estruturas da YPF e da Enarsa para criar valor e beneficiar os argentinos. A privatização é vista como um passo crucial na transição energética do país, com Milei propondo preços de mercado livre para a energia.
Em resposta ao comunidado, as ações da estatal YPF nos mercados financeiros, especialmente em Nova York, registraram um salto impressionante de mais de 25%. Quer aprender a como aproveitar essa maré e lucrar com ações da argentina? Então veja!
Como comprar ações da YPF
Investir na Argentina e comprar ações de empresas como a YPF pode parecer um desafio no início. Mas, seguindo alguns passos simples, você estará no caminho certo. Primeiro, saiba como fazer seu dinheiro chegar lá, só assim você vai tomar decisões mais precisas.
O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora internacional. Alguns nomes populares neste cenário são: Avenue, DriveWealth e Stake. O bacana é que muitas dessas corretoras têm aplicativos. Assim, você pode abrir sua conta pelo celular mesmo, de forma rápida.
Depois de escolher a corretora, há alguns documentos necessários. Você vai precisar do seu RG e também de um comprovante de onde mora. Parece burocrático? Mas é um passo super importante. Isso faz com que tudo o que você faça no mercado argentino esteja dentro das regras e seja seguro.
As ações da YPF (ADRs listados em NY) operam sob o ticker YPF:
Vamos usar como exemplo a corretora Avenue. Após efetuar o cadastro e logar na sua conta Avenue, você vai pesquisar por YPF:
Enviando fundos para Iinvestir na Argentina
Quando pensamos em investir na Argentina, uma dúvida comum surge: “Como envio meu dinheiro?”. Antes de tudo, saiba que os investimentos lá são feitos na moeda local, o peso argentino (ARS). Então, se você quer colocar seu dinheiro na Argentina, precisa converter seus reais para pesos. E como fazemos isso? Bom, tem duas formas principais.
Uma é usar a própria corretora onde você abriu sua conta. Algumas corretoras, como a Avenue, já têm uma opção para fazer essa troca de moedas direto na plataforma. É simples: você deposita em reais, por TED ou PIX, e ela converte para pesos.
Outra forma é usar plataformas de transferência de dinheiro. São empresas que fazem essa troca de moedas por você, e depois enviam o dinheiro para onde você quiser. Depois de ter seus pesos argentinos, investir lá é parecido com investir aqui. É como comprar ações na nossa Bolsa.
Tributação e taxas ao investir na Argentina
Vamos falar de algo que muita gente esquece: os impostos. Se você pensa em investir na Argentina, precisa saber como funciona a tributação lá.
Primeiro, saiba que se colocar dinheiro no mercado argentino, vai ter que lidar com os impostos de lá. Cada país tem suas próprias regras, e é essencial entender as da Argentina. Sem contar que se seu investimento for em fundos que aplicam dinheiro na Argentina, pode haver taxas. Essas taxas mudam conforme o tipo de fundo e o tempo que você mantém o investimento.
Agora, falando de ganhos de capital, tem algumas coisas a se notar. Por exemplo, ganhos com a venda de ações ou títulos são taxados em 30%. Mas tem uma notícia boa: essa taxa pode diminuir para 25% em alguns anos.
Se você, que não mora lá, vende ações de uma empresa argentina, a taxa é de 13,5% ou 15%, dependendo da situação. Mas, se vender títulos públicos ou certos tipos de notas, não paga imposto.
A dica de ouro é: antes de investir, converse com um corretor que entende de impostos em países no MERCOSUL. Assim, você fica por dentro de tudo e evita surpresas.
Quanto dinheiro é necessário para investir na Argentina?
Será que é muito caro investir na Argentina: vamos esclarecer isso. Afinal, é bom saber que você não precisa ser milionário para investir na Argentina. Com apenas R$10, já é possível iniciar seus investimentos no exterior. Surpreendente, não?
Mas, claro, o quanto você vai investir depende do que quer alcançar. Seus objetivos e a quantidade de risco que está disposto a correr vão ditar isso. Se não tiver certeza do que fazer, falar com alguém que entende do assunto pode ser uma boa ideia.
Olhando alguns exemplos em 16/10/23, temos:
- GGAL (Gp fin galicia 1152,10 ARS ou R$ 16,67): No último ano, subiu +401,57%.
- TXAR (Ternium Argentina 1.075 ARS ou R$ 15,55): Crescimento de +610,74% em um ano.
- PAMP (Pampa Energia SA 1.586 ARS ou R$ 22,94): Teve uma alta de +458,45% em 12 meses.
- TECO2 (Telecom 999,40 ARS ou R$ 14,46): Subiu +298,17% no último ano.
Isso dá uma ideia de como o mercado argentino pode ser variado e cheio de oportunidades. Mas, como sempre, é bom lembrar: investir tem seus riscos. E é sempre bom estar bem informado antes de tomar decisões.
Caso você tenha ficado ainda com dúvidas, recomendamos nossa guia completo de como investir na Argentina. Lá você irá ver a opinião profissional de analistas financeiros e terá também acesso a uma perspectiva mais abrangente do cenário de investimentos no país vizinho.
Efeito Milei: ações da YPF disparam 25% com anúncio de privatização
A vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas gerou uma resposta positiva nos mercados financeiros, especialmente em Nova York, onde as ações da petroleira estatal YPF registraram um salto impressionante de mais de 25%. Milei, um defensor das ideias libertárias, reafirmou em seu primeiro anúncio pós-eleição a intenção de privatizar a YPF e as empresas públicas de comunicação da Argentina.
A YPF, que sofreu deterioração desde sua nacionalização sob Axel Kicillof, agora enfrenta um processo de reconstrução e valorização antes da venda. Milei enfatiza a necessidade de racionalizar as estruturas da YPF e da Enarsa para criar valor e beneficiar os argentinos. A privatização é vista como um passo crucial na transição energética do país, com Milei propondo preços de mercado livre para a energia.
O Bradesco BBI destaca que a mudança para preços de mercado livre pode resultar em aumentos nos preços da gasolina e do diesel, beneficiando a YPF e outras petrolíferas. A remoção de subsídios ao gás natural também é esperada, o que pode ter um impacto negativo nas empresas de exploração e produção com grande exposição aos preços do gás argentino.
Além da YPF, as ações de bancos argentinos, como o grupo financeiro Galicia, Banco Macro e Supervielle, também registraram altas significativas no pré-market. Outras empresas argentinas, como Despegar, Loma Negra, Central Puerto, Transportadora de Gas del Sur, Pampa Energía, Edenor, Telecom Argentina, Mercado Libre, Irsa e Bioceres, também tiveram reações positivas, embora mais modestas.
Essa resposta do mercado reflete o otimismo dos investidores com a mudança potencial na política econômica sob a liderança de Milei. A privatização da YPF e a adoção de preços de mercado livre para a energia são vistas como movimentos que podem revitalizar a economia argentina e atrair mais investimentos estrangeiros. A vitória de Milei, portanto, não apenas marca uma mudança significativa na política argentina, mas também sinaliza uma nova era para o setor energético e financeiro do país.
Reforma econômica na Argentina: Milei prepara privatizações de drandes estatais
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou um plano ambicioso para privatizar várias empresas estatais argentinas, marcando uma mudança significativa na política econômica do país. Milei, que tomará posse em 10 de dezembro, declarou que pretende transferir para o setor privado tudo o que for possível, seguindo sua ideologia ultraliberal.
Entre as primeiras empresas nomeadas para a privatização estão a petrolífera YPF, que detém a maior parte do mercado interno de combustíveis na Argentina, e quatro meios de comunicação estatais: TV Pública, Radio Nacional e Telam. A YPF, que já passou por um processo de privatização na década de 1990 e foi reestatizada em 2012, esteve recentemente no centro de uma crise de abastecimento, exacerbada pela política de controle de preços do governo.
A decisão de Milei de privatizar estas empresas é vista como um passo ousado, especialmente considerando a história turbulenta da YPF. A reestatização da YPF em 2012, sob o governo de Cristina Kirchner, foi um processo controverso que resultou em uma condenação do governo argentino a pagar 16 bilhões de dólares em setembro passado.
Além disso, a cobertura das eleições pela imprensa pública argentina foi marcada por tensões, especialmente em relação à campanha libertária de Milei. Incidentes como a discussão ao vivo entre uma jornalista da TV Pública e uma deputada eleita de Milei, e a transmissão de uma entrevista com o Papa Francisco criticando indiretamente o libertarianismo, destacam o clima político desafiador que Milei enfrentará.
Essas privatizações propostas por Milei representam um potencial ponto de inflexão para a economia argentina, com implicações significativas para o papel do estado na economia e para o futuro das empresas estatais no país. A comunidade internacional e os mercados financeiros estão observando atentamente, enquanto Milei se prepara para implementar suas políticas ultraliberais.
Javier Milei anuncia medidas radicais para estabilizar economia Argentina
Javier Milei, o presidente eleito da Argentina, em sua primeira entrevista após a vitória nas urnas, delineou um plano audacioso para enfrentar a crise econômica do país. Com a inflação anual argentina atingindo alarmantes 140%, Milei se comprometeu a reduzi-la para níveis internacionais em um período de 18 a 24 meses.
Uma das propostas mais polêmicas de Milei é o fechamento do Banco Central da Argentina, uma instituição chave na política econômica do país. Ele argumenta que esta medida é uma “obrigação moral” e parte de um esforço maior para dolarizar a economia argentina. Milei propõe que a escolha da moeda seja deixada aos indivíduos, uma abordagem que reflete sua filosofia ultraliberal.
Além disso, Milei planeja manter a taxa de câmbio atual e não pretende, por enquanto, levantar as restrições ao estoque de dólares dos bancos argentinos. Essas restrições foram impostas pelo governo do presidente Alberto Fernández como uma medida para controlar o saldo da moeda norte-americana no país. Milei enfatizou a importância de resolver o problema da Leliq, a taxa básica de juros da Argentina, para evitar a ameaça constante de hiperinflação.
Essas medidas propostas por Milei geraram debates intensos tanto na Argentina quanto no cenário econômico internacional. Enquanto alguns veem suas propostas como necessárias para a recuperação econômica do país, outros expressam preocupações sobre os possíveis riscos e a instabilidade que tais mudanças podem trazer. A comunidade internacional e os mercados financeiros estão observando atentamente os próximos passos do novo governo argentino, aguardando para ver como essas políticas se desdobrarão na prática.