Para evitar inflação

Conab terá reforço de R$ 350 milhões para estoques de alimentos

Orçamento da Companhia Nacional de Abastecimento cresce para evitar inflação de arroz, feijão e milho.

Conab terá reforço de R$ 350 milhões para estoques de alimentos
  • Reforço no orçamento de R$ 350 milhões
  • Formação de estoques de grãos para prevenir prejuízos aos agricultores
  • Governo federal busca controlar preços e mitigar inflação de alimentos

Em 2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) terá um aumento significativo em seu orçamento. Com um reforço de R$ 350 milhões para a formação de estoques reguladores de alimentos essenciais, como arroz, feijão e milho.

A medida tem como objetivo ajudar o governo federal a controlar a inflação de alimentos no Brasil. Dessa forma, garantindo o abastecimento do mercado e prevenindo desequilíbrios nos preços desses produtos básicos.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, explicou que o orçamento total da empresa pode atingir até R$ 539,9 milhões. Assim, para a compra e armazenamento de grãos, caso haja queda nos preços.

Em 2024, o orçamento destinado à compra desses alimentos foi de apenas R$ 124 milhões, refletindo o aumento significativo de recursos para 2025. O valor investido supera o que estava previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) original, que designava R$ 189,9 milhões para a formação de estoques.

Medida visa mitigar a inflação e garantir o abastecimento

O aumento no orçamento da Conab faz parte das estratégias do governo federal para mitigar a inflação de alimentos e assegurar que a população tenha acesso a produtos essenciais a preços justos.

A compra e o armazenamento de grãos em momentos de supersafra visam evitar a escassez e controlar os preços dos alimentos no mercado interno. Com uma oferta maior de grãos, a medida pretende criar uma reserva estratégica para períodos de baixa produção, quando os preços tendem a subir.

A supersafra de grãos esperada para este ano é vista como uma oportunidade para a Conab formar estoques e proteger os agricultores contra possíveis prejuízos. Pretto destacou que a formação de estoques ajudará a estabilizar o mercado, proporcionando um equilíbrio entre oferta e demanda e reduzindo as flutuações de preços.

Abastecimento sem causar inflação adicional

Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, solicitou inicialmente um aporte de R$ 1 bilhão a mais para a formação de estoques em 2024, mas essa proposta ainda está em análise.

O ministro tem a intenção de adquirir cerca de 1,2 milhão de toneladas de grãos para fortalecer os estoques reguladores. No entanto, o governo está tratando o tema com cautela, para evitar a compra de alimentos em um momento de preços elevados, o que poderia, inadvertidamente, aumentar a inflação.

Em relação ao volume de grãos que serão adquiridos, Pretto planeja comprar 445 mil toneladas de grãos neste ano. Dessa forma, sendo 200 mil toneladas de arroz, 200 mil toneladas de milho e 45 mil toneladas de feijão. Ele também mencionou a possibilidade de incluir trigo entre os produtos a serem estocados, mas sem especificar os volumes.

Desafios e oportunidades no cenário atual

A gestão de estoques reguladores sempre envolve uma análise cuidadosa das condições de mercado. E, no atual cenário de incertezas econômicas, a Conab está agindo com prudência. O objetivo é garantir a estabilidade no abastecimento sem agravar a inflação, o que exige monitoramento constante dos preços e da produção agrícola.

A formação de estoques reguladores é uma ferramenta crucial para o governo brasileiro. Especialmente, em tempos de flutuações nos preços dos alimentos.

Ao aumentar o orçamento para a Conab, o governo visa garantir a segurança alimentar do país e minimizar os impactos da inflação sobre a população. Contudo, particularmente as famílias de baixa renda que mais sofrem com os aumentos nos preços dos alimentos.

Ações estratégicas para o controle da inflação

Com a ampliação do orçamento da Conab, o governo federal busca mitigar os efeitos da inflação no setor de alimentos, formando estoques reguladores de grãos essenciais como arroz, feijão e milho. A medida visa garantir a estabilidade dos preços e proteger os consumidores e agricultores.

Embora o orçamento tenha aumentado significativamente, a ação está sendo tomada com cautela para evitar impactos negativos no mercado. O sucesso dessa estratégia dependerá da gestão eficiente dos estoques. Além da avaliação contínua das condições do mercado agrícola.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
Sair da versão mobile