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Confederação Nacional de Municípios (CNM) é contra a redução do IPI, entenda

Após decreto sobre redução do IPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) se posicionou contra a medida. Confira a nota.

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) veio a público externar profundo descontentamento com a decisão do governo federal de reduzir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca em 25%.

Tomada às vésperas do feriado de Carnaval, a medida pegou os Municípios de surpresa, com perdas estimadas em quase R$ 5 bilhões

Infelizmente, se repete o velho hábito de fazer caridade com o chapéu alheio. O IPI compõe a cesta de impostos que são compartilhados com os Municípios e é parte importante do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso significa que qualquer medida de renúncia fiscal do IPI adotada pelo governo federal tem impacto direto nos repasses aos Municípios, o que pode implicar em desequilíbrio orçamentário. Essa forma de reduzir impostos que são compartilhados é usualmente utilizada por todos os governos e sempre causam grandes prejuízos aos Municípios. Trata-se de uma política que fere gravemente o pacto federativo.

Segundo o Decreto publicado pelo Ministério da Economia, estima-se uma redução na arrecadação desse imposto no total de R$ 19,5 bilhões em 2022.

Como os Municípios detêm 24,75% desse recurso, a perda no FPM será de R$ 4,826 bilhões. O montante representa cerca de 40% de um mês de FPM repassado a todos os 5.568 Municípios, recursos que farão falta aos Entes locais em ações de custeio e investimentos nas áreas sociais. 

Diante desse contexto, a CNM ressalta que reforçará atuação no Congresso Nacional no sentido de aprovar matérias que impõem ao governo federal medidas de compensação dos efeitos dessas reduções. 

Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM

Victor Rodrigues

Formado em Economia pela PUC SP e interessado sobre o universo de finanças, tecnologia e marketing.

Formado em Economia pela PUC SP e interessado sobre o universo de finanças, tecnologia e marketing.